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Boeing escapa a processo civil nos EUA com acordo extrajudicial em queda do MAX8

Data de publicação
12 Novembro 2024
8:30

O construtor aeronáutico Boeing chegou a um acordo extrajudicial no caso da queda de um avião 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines, em março de 2019, que causou 155 mortos, escapando a um processo civil federal nos EUA.

Três fontes envolvidas indicaram à AFP que tinha sido alcançado um acordo extrajudicial sem mais detalhes.

O processo deveria começar na manhã de terça-feira, com jurados, em Chicago.

Deveria examinar seis queixas, mas todas acabaram por redundar em acordos.

Uma fonte judicial avançou que a audiência vai ser mantida, no mínimo para informar o juiz federal Jorge Alonso dos acordos alcançados. De facto, pertence ao magistrado aprovar ou rejeitar os acordos.

O avião em causa, fornecido em outubro de 2018, caiu no sudeste na capital etíope seis minutos depois da descolagem.

Vários outros processos têm sido anulados em resultado de acordos alcançados, segundo um documento judicial de junho de 2023.

Aí se detalha que foram apresentadas queixas por familiares das 155 vítimas, entre abril de 2019 e março de 2021, por morte injustificada e negligência, entre outros.

Em 22 de outubro, ainda restavam “30 queixas abertas relativas a 29 pessoas falecidas”, avançou outra fonte conhecedora.

As queixas foram repartidas em grupos com uma data de início do julgamento para cada um, se não houver acordo até lá. O próximo está previsto para 07 de abril de 2025.

A Boeing “aceitou publicamente e nos casos civis a responsabilidade pelas quedas do MAX”, realçou um dos seus advogados durante uma audiência em outubro.

Em causa está um programa informático responsabilizado pelo acidente da Ethiopian e por outro, também de um 737 MAX 8, da indonésia Lion Air, fornecido em julho de 2018, que caiu no mar em 29 de outubro de 2018 uma dezena de minutos depois de ter levantado voo de Jacarta, causando a morte a 189 pessoas.

Os voos comerciais deste aparelho tinham começado em maio de 2017. Depois dos acidentes, todos os 737 MAX ficaram no solo durante mais de 20 meses.

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