No passado sábado, decorreram no PS Madeira as eleições para as suas estruturas de base, as Concelhias e as Secções. Estas estruturas são importantes, especialmente porque no próximo ano teremos as eleições autárquicas, e são a partir delas que se compõem muitos dos candidatos. São também importantes, pois é a partir das Concelhias e das Secções que surge a força e a mobilização para a campanha eleitoral, que, pelas características das eleições autárquicas, exige o envolvimento de um elevado número de candidatos.
No Funchal, como é de conhecimento público, houve uma disputa interna entre duas candidaturas, o que pode ser um aspeto positivo, se devidamente aproveitado. Como também é público, eu liderei uma candidatura que foi preterida pela candidatura de Isabel Garcês, a quem desde já desejo muito sucesso no seu mandato, na certeza de que tem pela frente um grande desafio.
Num ato eleitoral como este, haver duas candidaturas é sinónimo de vitalidade, é sinónimo de que existem aspetos que certamente podem ser melhorados e, por essa razão, criam-se equipas que procuram promover propostas que vão ao encontro das melhores expectativas.
Procurei, ao longo deste processo, incluir pessoas de valor reconhecido, e acredito mesmo que conseguimos formar uma candidatura onde muitos militantes se reconheceram, pelo que tenho de agradecer todos os votos obtidos. Cada um destes militantes representou uma vontade genuína de mudança, uma vontade de fazer as coisas de forma diferente.
Neste caso, a candidatura por mim liderada teve, na minha opinião, o condão de promover uma grande mobilização em torno deste ato eleitoral, uma mobilização que deverá ser replicada no futuro. Certo é que, se fosse apenas uma candidatura, provavelmente não teríamos tanto interesse por parte dos militantes, como se pode observar, comparando com os atos eleitorais em que há apenas uma candidatura.
Por esse motivo, apesar do resultado não ter sido o que desejava, considero que contribuímos para uma maior dinâmica da Concelhia do Funchal e que conseguimos extrair das duas candidaturas o melhor que cada uma tem. Temos agora todas as condições para preparar, atempadamente e da melhor forma, as eleições que se avizinham em 2025.
O PS Madeira pode agora contar com uma equipa mobilizada e preparada para apresentar uma candidatura forte à Câmara Municipal do Funchal, na certeza de que teremos pela frente uma grande oportunidade para vencer e construir um Funchal com Futuro.
Aproveito esta oportunidade para expressar uma palavra de agradecimento a todas e a todos os militantes que tiveram a coragem de dar a cara. Ir a eleições é sempre um ato de ousadia e coragem, pois é expor-se aos outros, na maioria das vezes, sem nada em troca. Esta eleição é uma prova disso mesmo.
No PS, existe uma célebre frase de Mário Soares que diz: “Só é vencido quem desiste de lutar”. Assim é a nossa vida política, nunca houve facilidades e, garantidamente, na Madeira, essa expressão tem ainda mais sentido. Por isso, cá estamos, para dar a cara, seja nos bons como nos maus momentos. Cá estamos para lutar por uma sociedade mais justa, que proporcione igualdade de oportunidades a todas e a todos. Cá estamos, sem desistir, pois, enquanto houver esperança no Futuro, estaremos nós na linha da frente para oferecer uma alternativa democrática a esta governação que, infelizmente, sobrevive há demasiado tempo na nossa Região.