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Médio Oriente: Ancara condena morte de cidadã turco-americana na Cisjordânia

Data de publicação
06 Setembro 2024
18:01

A Turquia condenou hoje a morte na Cisjordânia de uma ativista pró-palestiniana com dupla nacionalidade norte-americana e turca, sustentando que foi morta por “soldados de ocupação israelitas” num “crime contra a humanidade”.

“Soubemos com profunda tristeza que a nossa cidadã chamada Aysenur Ezgi Eygi foi morta por soldados de ocupação israelitas na cidade de Nablus (...) Condenamos este assassínio cometido pelo Governo de [primeiro-ministro de Israel, Benjamin] Netanyahu”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco em comunicado.

O diretor do Hospital Rafidia de Nablus, no norte da Cisjordânia, anunciou na tarde de hoje a morte desta ativista de 26 anos, que chegou ao seu estabelecimento com um tiro na cabeça.

Os Estados Unidos afirmaram que procuram “urgentemente” mais informações sobre esta morte.

“Israel tenta intimidar quem vem em auxílio dos palestinianos e luta pacificamente contra o genocídio. Esta política de violência não produzirá nenhum resultado”, acusou a diplomacia de Ancara, referindo-se a um “crime contra a humanidade”.

As tropas israelitas retiraram-se hoje da cidade e do campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, após 10 dias de incursão, informou a agência de notícias palestiniana WAFA.

O Exército israelita ainda não indicou se a retirada marca o fim definitivo da “operação antiterrorista” no território palestiniano.

As cidades de Jenin, Tulkarem e Tubas, todas no norte da Cisjordânia e bastiões históricos das milícias palestinianas, têm sido alvo de uma “operação antiterrorista” em grande escala levada a cabo por Israel desde 28 de agosto, quando invadiu a região com numerosas tropas, tanques e escavadoras blindadas.

Os ataques aéreos e os combates entre soldados e militantes palestinianos fizeram mais de 30 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestiniana, que governa partes cada vez mais pequenas da Cisjordânia.

A Jihad Islâmica e o grupo islamita Hamas - que desde outubro do ano passado têm travado uma guerra contra Israel na Faixa de Gaza - condenaram a incursão israelita na Cisjordânia e apelaram aos habitantes para “manterem a resistência”, no maior pico de violência nos últimos 20 anos.

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