O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, participou hoje numa reunião de segurança na Síria, no cume do Monte Hermon, nas fronteiras dos Montes Golã.
De acordo com um comunicado do Governo israelita, Netanyahu “realizou hoje uma avaliação da situação”, acompanhado pelo ministro da Defesa, Israel Katz, pelo general Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior, pelo major-general Ori Gordin, comandante da Região Militar Norte e o chefe do Shin Bet (segurança interna), Ronen Bar.
“O primeiro-ministro analisou o envio do Exército para a zona e deu diretivas para o futuro”, acrescenta o comunicado.
Katz acrescentou, no comunicado, que foi com Netanyahu “ao cume do Monte Hermon, pela primeira vez” desde que o Exército israelita foi para aí destacado, após a queda do regime do Presidente Bashar al-Assad, a 08 de dezembro.
“A nossa presença aqui no cume do Hermon reforça a segurança e acrescenta também uma dimensão de vigilância e dissuasão sobre os bastiões do Hezbollah na planície de Bekaa, no Líbano, bem como dissuasão contra os insurgentes em Damasco, que afirmam apresentar uma face moderada, mas são na realidade membros das correntes islâmicas mais extremistas”, acrescenta-se no texto hoje divulgado.
Hermon abrange a Síria e o Líbano e domina os Montes Golã sírios, a maior parte dos quais Israel conquistou em 1967 antes de anexar a área sob o seu controlo em 1981.
A presença inédita do primeiro-ministro israelita no cume de Hermon foi mantida em segredo durante horas e alimentou os rumores de uma visita ao Cairo no âmbito das negociações em curso com o Hamas para um acordo sobre a libertação de reféns na Faixa de Gaza.