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Ucrânia: Putin admite desconhecer quando será possível libertar Kursk

Data de publicação
19 Dezembro 2024
11:33

O Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu hoje não saber quando é que o exército conseguirá expulsar as forças ucranianas da região russa de Kursk, parte da qual ainda está ocupada após uma ofensiva surpresa em agosto.

“Vamos absolutamente derrotá-los”, afirmou Putin na sua conferência de imprensa anual, em Moscovo, em resposta a uma pergunta de um membro do público.

“Mas quanto à questão de uma data exata, lamento, mas não posso dizer neste momento”, admitiu, citado pela agência francesa AFP.

As forças ucranianas, que enfrentam a invasão russa desde fevereiro de 2022, contra-atacaram em agosto e invadiram a região russa de Kursk, junto à fronteira, mantendo ainda o controlo sobre para da região.

A Rússia tem desde então tentado expulsar o exército ucraniano do seu território, mas ainda não o conseguiu fazer, apesar de ter recebido a ajuda de soldados enviados pela Coreia do Norte nos últimos meses.

“Os homens estão a lutar, há combates a decorrer neste momento”, afirmou Putin durante a conferência de imprensa para fazer o balanço do ano.

De acordo com os meios de comunicação ocidentais, Moscovo pretende assegurar a libertação de Kursk das tropas inimigas antes da posse do novo presidente norte-americano, Donald Trump, marcada para 20 de janeiro.

Putin disse que a situação na frente está a mudar radicalmente e que as tropas estão a conquistar “quilómetros quadrados” diariamente, mas não se atreveu a prever a duração da guerra no país vizinho.

“Os combates são complicados, por isso, prever o futuro é difícil e sem sentido”, admitiu o líder russo, segundo a agência espanhola EFE.

Putin aproveitou os primeiros minutos do discurso para mostrar ao público o estandarte que lhe foi entregue por uma das brigadas aerotransportadas que combatem na Ucrânia.

O líder russo insistiu que “há movimento” ao longo de toda a linha da frente e todos os dias, aludindo à conquista de dezenas de localidades nos últimos meses no Donbass, no leste da Ucrânia.

“E não estamos a falar de um avanço de 100, 200, 300 metros. Os nossos combatentes estão a recuperar quilómetros quadrados de território”, assegurou.

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