Segundo informação da própria Empresa que detém o monopólio da produção elétrica, será devido à variação dos combustíveis fósseis que abastecem centrais termoelétricas, as principais produtoras da energia.
Faz-me confusão a situação. Na realidade, numa Ilha onde as centrais hidroelétricas são limitadas, as torres eólicas não abundam, resta-nos apenas a energia termoelétrica?
Permitam-me que lance uma questão que estará na dúvida de muitos residentes nesta Pérola:
Com uma exposição solar privilegiada na faixa sul, desde o Caniçal à Ponta do Pargo, porque não apostar mais, muito mais, na energia solar?
Sim, imagino os telhados da Baía do Funchal cobertos de painéis, a «oferecer» uma energia limpa, não dependente dos custos dos combustíveis…
Pressupõe um estudo sério, um projeto abrangente, onde os titulares dos telhados tivessem algum benefício pela disponibilidade do espaço, mas onde a grande beneficiária fosse a empresa produtora e distribuidora da energia elétrica, e através dela, todos os residentes na Ilha, que teriam preços acessíveis, adequados às necessidades e consumos.
Gostaria de ver, uma avaliação desta riqueza natural que é o sol. A inovação nesta área é grande. Os painéis fotovoltaicos estão em evolução constante.
Estarei a dizer uma atoarda?
Enquanto escrevo, vejo que as Berlengas que, através de painéis fotovoltaicos, têm resolvida a situação energética.
A prática da sustentabilidade e a eficácia estão aí demonstradas. Agarremos as inovações de caras e partamos para soluções sustentáveis, que nos ofereçam condições acessíveis de vida, num Arquipélago, já de si muito condicionado e limitado.
Para não falar da energia pelas marés…
E mais: anuncia-se a baixa do IVA da energia.
Vinte e dois por cento na energia é imoral.
Com o abaixamento, todas as famílias serão beneficiárias, as empresas amenizam os custos, a Madeira torna-se atrativo lugar de viver, com a razoabilidade dos preços, que não ficarão à mercê dum ditadorzeco ou louco qualquer, que deixa meio mundo a tiritar pelas suas ações de invasão ilegítima, que alguns por estes lados até aplaudem, dizendo que o foco é a paz e não alimentar a guerra.
Pois, bastaria que o invadido permitisse entrar o invasor sem oposição, entregar a sua história aos apetites imperialistas e haveria paz, uma paz podre, feita de violência, opressão, esmagamento, corte de sonhos e liberdades.
Talvez em breve tivéssemos esse louco, lunático, invasor, a mergulhar na nossa melhor praia do mundo, chamando-a de sua.
Ainda a Mostra Etnográfica
Não vou falar do cortejo alegórico do Estreito sobre as vindimas, onde passam trajes variados e coloridos, grupos animados e folgazões. Um sucesso, uma festa, a vontade de meter as mãos aos cachos, mergulhar os pés descalços nas tinas de uvas, esmagando-as em ritmo cadenciado e lento.
Quero relembrar a beleza serena que foi a «Camacha Etnográfica», autêntica, genuína, refazendo costumes e técnicas de ontem, com a participação de cerca de 500 figurantes, de grupos e instituições locais, criativos na recriação dos temas, aceitando desafios fora das zonas de conforto, transformados em representadores duma história recente, que todos os madeirenses transportam nos genes.
Um 3 e 4 de setembro que motivou a reunião de locais, forasteiros e turistas, que experienciaram, participaram ativamente, levando uma vivência para a vida.
A continuar, com inovação, audácia, envolvência, amplificação.