Ciente dessa importância, o CDS-PP, ao longo do tempo e em todos os palcos onde esteve e está presente (Parlamento Regional, Nacional e Europeu), soube dignificar essa importância e, acima de tudo, soube ouvir as reivindicações dos nossos emigrantes, apresentando várias propostas que fossem ao encontro das suas necessidades, por forma a assegurar o bem-estar e o tratamento igualitário de todos os portugueses, independentemente do local onde tivessem nascido.

Na Legislatura que agora termina, na Assembleia Legislativa da Madeira, o Grupo Parlamentar do CDS-PP Madeira lutou para que houvesse um tratamento igualitário e justo para os emigrantes lesados do BES e do BANIF. Recomendou ao Governo da República a alteração do Regime do Seguro Social Voluntário, a fim de permitir a inclusão dos portugueses residentes na diáspora. Propôs que fosse cumprido o convénio bilateral de Segurança Social entre Portugal e Venezuela, de modo que os pensionistas que fizeram as suas contribuições, para a segurança social da Venezuela, possam receber as suas pensões em Portugal. O CDS-PP Madeira bateu o pé, em protesto, pela forma discriminatória com que o "Programa Regressar" ignora todos os portugueses e luso-descendentes que regressam às Regiões Autónomas, privando-os dos apoios necessários para recomeçarem às suas vidas.

O Grupo Parlamentar do CDS-PP Madeira fez o seu trabalho, procurou, dentro das competências regimentais, dar voz às nossas comunidades, criar condições para a integração dos nossos emigrantes, melhorar a vida de todos os portugueses e luso-descendentes que lutam por uma vida melhor, dentro e fora da Madeira.

Todas estas propostas e recomendações, em prol das nossas comunidades, receberam a aprovação da maioria e, em alguns casos, recebeu a unanimidade, dada a sua pertinência e importância, dos 47 deputados na Madeira.

Infelizmente, ao chegarem a Lisboa, as mesmas propostas que aqui tiveram a concordância de todas as forças partidárias, representadas da Assembleia Legislativa da Madeira, levaram chumbo do Partido Socialista na República.

Então onde está a coerência socialista? Pergunto.

Aqui aprovam e lá rejeitam?

Será que para o Partido Socialista, para os seus eleitos e para os seus governantes, as comunidades portuguesas só servem para justificar umas viagens? Para fazer umas selfies? Para encher a boca com promessas ocas? Para muito falar e nada fazer?

Os problemas das nossas comunidades não se resolvem com sorrisos de orelha a orelha, não se resolvem empurrando o problema com a barriga ou se escudando em argumentos inconsistentes, os problemas e anseios dos nossos emigrantes resolvem-se com trabalho, empenho e sentido de dever para com as nossas comunidades.

Enquanto coordenadora do Núcleo das Comunidades e Diáspora do CDS-PP Madeira, eu e a minha equipa, reunimos com os representantes das comunidades residentes na Região e com os representantes das nossas comunidades madeirenses na Diáspora, com o objetivo de ouvir os anseios e preocupações dos imigrantes, de várias nacionalidades, que escolheram a Madeira como residência, mas, também, auscultar os portugueses que vivem além fronteiras, por forma a encontrarmos soluções para os problemas que foram, por todos, apresentados.

Fruto deste trabalho, apresentamos várias propostas, que irão contar no futuro programa de Governo da Coligação "SOMOS MADEIRA" PSD/CDS, com o objetivo de melhorar o acolhimento e integração dos estrangeiros que escolheram viver na Madeira, bem como de todos os portugueses e luso-descendentes que cá residem, sem nunca esquecer a nossa diáspora.

Enquanto deputada, eleita pelo CDS-PP Madeira, tenho a consciência tranquila que dei o meu melhor para facilitar a vidas dos nossos emigrantes e que fui a voz que deu eco aos anseios dos que à Madeira regressaram.

E dou-vos a minha palavra que nunca baixarei os braços na luta pelos direitos dos emigrantes e que nunca ficarei indiferente perante as injustiças e o desdém que o Governo Socialista na República tem pelas nossas comunidades.