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Artigo de Opinião

Bispo Emérito do Funchal

29/09/2024 07:30

No Oriente, principalmente no Judaísmo, os tempos sagrados, são da maior importância. A Bíblia distingue o Shabat judeu dos outros dias da semana. As principais festas, Páscoa, Rosh Hashaná, Yom Kipur e Sucot são verdadeiras festas santas e a sua observância são reguladas por regras estritas.

O Ano Sabático celebra-se em cada sete anos sabáticos que compõem o Ano do Jubileu.

O livro que diz respeito ao Ano do Jubileu, é o Levítico, 25, 8-23. Moisés tinha subido o Monte Sinai, e Deus o impõe aos homens. No dia da Expiação fareis passar a trombeta por toda a vossa terra.

A proclamação do “Iovel” não é uma festa qualquer, tem uma força dinâmica especial, de tal forma que o Jubileu não serve apenas para a piedade individual, mas que desperta o interesse de toda a comunidade.

O Shofar ressoa em todo o país, de tal forma que as aldeias afastadas o ouvem tocar, incluindo os estrangeiros que habitam ou passam, entretanto, por Israel.

Maimônides afirma que o Shofar do Jubileu proclama: Despertai adormecidos, de vossos sonhos, levanta-vos do vosso sono, pensai nas vossas ações e arrependei-vos, e recordai o vosso Criador.

No ano do Jubileu, tocava-se o Shofar no Dia da Expiação. Este conceito encontra-se também no cristianismo, mas aqui, é um dia específico do judaísmo. Só através do Yom Kipur se compreende o conceito de tempo sagrado.

Os homens com vestes brancas entoam orações muito antigas que mostram a emoção íntima e profunda e murmúrios mais percetivos do que na confissão individual. Muitos judeus pecaminosos como Franz Rosenzweig, encontraram um caminho de retorno.

O que significa a frase do Levítico 5,10, “E volvereis cada um a sua possessão, cada qual voltará a sua família? Este mandamento manda restaurar o estado primitivo de igualdade e fraternidade.

A terra vincula ao passado, ao presente ao futuro, ela tem no oriente uma relação especial com a sua terra, a sua família, o seu Clã. Se a herança pertence aos filhos que a vendem é uma grande vergonha.

Pior ainda é vender os lugares sepulcrais.

Os judeus esperam ser enterrados na Terra Santa, não sendo possível, ao menos um pouco da Terra Santa no seu féretro.

O Levítico 25,23, dá a seguinte resposta: “A terra não se venderá para sempre porque a terra é minha, e vós sois peregrinos e estrangeiros para comigo”.

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