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Artigo de Opinião

Médico-Dentista

14/07/2024 05:30

“Atrás de mim virá quem bom de mim fará”. Aprendi isto faz uns bons anos... Porém, raramente o utilizei tanto como o “vendia” aos outros! Sim, cada vez que alguém de quem eu gostava era substituído, posto em causa, ou até injustamente apontado, eu, invariavelmente, dedicava-lhe esse dito popular. Estava, na minha perspectiva, a mostrar-me solidário e a procurar amenizar o desconforto do/da triste. Mas quando era comigo a música já era outra. Tinha sempre muita pressa na justiça. Isso de esperar que o tempo mostrasse aos outros aquilo que eu já via há muito, não funcionava. Procurava imediatamente o confronto. Dava tudo para me meter numa briga pela (minha) verdade.

Não sei se pela idade, se pela falta de paciência (para não escrever pachorra), se pela maior valorização da paz em detrimento da razão, ou por outra coisa qualquer, tenho optado por “deixá-los/las pousar”. Desenganem-se, pois, os que podem estar a pensar que agora virei passadeira vermelha e têm livre-trânsito para “patinhar”. Isso não vai acontecer! Tão pouco julguem que se não reagi de pronto, o assunto está esquecido. Estou apenas a fazer-me de morto...

E por falar em defuntos, não sei se têm acompanhado a corrida à eleição presidencial dos Estados Unidos da América. Sim, eu sei que provavelmente tudo o que não vos interessa, neste momento, seja abordar eleições. Não vos condeno! Eu também não tenho prestado muita atenção. No entanto dei por mim a imaginar que, de facto, a política e os seus intérpretes não deviam ter pátria. O Biden, por exemplo, devia poder concorrer pelo PSD Madeira às próximas Regionais. E, em sentido inverso, Miguel Albuquerque lideraria os Democratas.

A reboque, trocávamos Donald Trump, Kamala Harris e Michelle Obama por, sei lá... Élvio Sousa, Raquel Coelho e Sara Madalena? Hummm. É melhor não. Ficávamos, por certo, a perder.

É que se, por vezes, ficamos na dúvida se o nosso actual Presidente não diz o que sabe ou não sabe o que diz, já o Joe (que não é Berardo, mas não foge muito) insiste em dissipar qualquer incerteza. Não acreditam? Reparem. Depois do banho que levou, no mês passado, no debate com o opositor, veio justificar a “noite má” com uma “gripe forte”. Acontece. Ninguém está livre. Mas estou curioso é para ouvir o que vai dizer depois de ter trocado o nome da sua vice-presidente com o do seu adversário. Pior, depois de ter apresentado, em plena cimeira da NATO, o presidente da Ucrânia como Vladimir Putin. Eishhh. Valha-lhe Nosso Senhor. Ao menos, por cá, quando se trocam os nomes das pessoas nunca é por Paulo Cafôfo ou Miguel Castro. Talvez para evitarem este tipo de constrangimento, dirigem-se logo aos “anormais, incompetentes e canalhas”... Ups, não fui eu que disse. Juro!

E se querem saber, eu acho mesmo que vou acabar como comecei. Só de imaginar estas trocas, ainda que por breves momentos, já fiquei com a sensação de que íamos ter saudades de Miguel Albuquerque. Mal por mal, já se percebeu que ele não sai nem morto e que não ouve ninguém. Já Biden! Bem, esse diz que só desiste “se Deus mandar”. Lindo. Quem fala assim não é gago.

Já a Lucília é! De nome, mas é. Durante muito tempo ainda se pensou que fosse muda, mas não. Afinal, de língua, parece até ser destravada. Na sua primeira entrevista, a procuradora-geral da República insurgiu-se contra a Ministra da Justiça e assumiu a autoria do parágrafo que levou à demissão de António Costa (e consequente promoção ao Conselho Europeu). Quando recordada que, num outro caso, 3 pessoas estiveram detidas 22 dias sem apresentação de medidas de coação até ser decidido saírem em liberdade, não gaguejou. “Não acho verdadeiramente normal que isso tenha acontecido. Não me lembro de um tão longo prazo em que tenha havido um conjunto de detenções em que tenha havido demora. Lamento que isso tenha acontecido”. Ora essa Sra Dra... Não lamente. Aposto que eles até já nem se lembram disso. Se pudessem até a mandavam para o ca, ca, ca, para o ca, Caribe. Siga...

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