Esta norma, que já devia estar ultrapassada, é ainda sentida e tem novamente fãs. As feministas estão a perder a guerra, porque os machistas não querem perder o poder.
Um dia destes vi numa série uma cena que descreve bem esta sentida "perda de poder". Um marido quer fazer sexo com a sua esposa antes de uma festa, a esposa adia o ato para depois. Na festa, ela conta-lhe que será a nova diretora da empresa e, como tal, chefe do marido. De volta a casa, a esposa quer fazer sexo, mas já não apetece ao marido. O facto de a esposa passar a ser a chefe dele, tirou-lhe o poder e a excitação também. Desencontro? Uma feminista que tem um machista em casa.
As mulheres evoluíram do vir da "costela do homem" para se tornarem iguais a eles.
Ouvi uma mulher no supermercado a descrever vaidosamente o seu recém-marido, explicando que o mesmo não tinha jeito para as tarefas domésticas. Cegueira do amor ou querer estar, orgulhosamente, a voltar à norma?
Esta norma regride na igualdade de género e não permite a existência de mulheres e homens trans, além de anular a população LGBTQ+.
Se isto está a acontecer, a responsabilidade é de todos. É preciso homens com "tomates" e mulheres com "ovários" corajosos para não compactuarem com esta regressão. É preciso deixar as guerras e jogos de poder idiotas.
Está em risco um futuro com liberdade.
Partidos de extrema-direita estão a voltar a ser eleitos. Eles defendem a norma. Querem apenas a família do presépio.
A possível razão para estes movimentos regressivos pode ser o homem sentir-se perdido/desencontrado sem o poder que tinha. Sem poder não sabe existir? É mais fácil mandar do que conquistar. Não é no poder que se fizeram grandes maldades?
É preocupante o recente movimento "Red Pill" (a pilula da verdade do filme Matrix) que começou no Brasil e que está a espalhar-se pelo mundo. Valorizam a norma excluindo todos os homens e mulheres que estão fora desta norma.
André Santos e Manoel Santos estudaram este fenómeno nas redes e concluíram que o objetivo é o reforço da dominação masculina. Querem voltar á norma. Movimento onde estão homens e mulheres.
É obrigatório os homens encontrar-se com as "novas" mulheres que estão fora da norma. Há mulheres, todos os dias, a morrer pela luta da liberdade/separação dos seus ex-companheiros.
Nas relações onde, com igualdade, ninguém manda em ninguém. Estão juntos, porque ambos querem.
"O dinh eiro a casa e o carro" são de quem o quiser ganhar/comprar. Os filhos serão vontade de ambos. A série "Machos Alfa" explica bem a necessidade de "criar um novo conceito do que é ser homem".
Sonho com uma mulher Presidente da R.A. da Madeira. Infelizmente, nenhuma lista proposta às eleições parece contrariar a norma, propondo uma mulher para presidente. É obrigatório contrariar a norma. Se não for nesta eleição, será na próxima.
"A mulher é o negro do mundo. A mulher é a escrava dos escravos. Se ela tenta ser livre, tu dizes que ela não te ama. Se ela pensa, tu dizes que ela quer ser homem." John Lennon