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Artigo de Opinião

AQUINTRODIA

17/09/2024 08:00

Serão os indecisos relevantes numa decisão?

Esta reflexão surgiu-me a propósito das eleições presidenciais americanas, que acontecem no próximo novembro, e que estão em alta em todo o mundo, não fosse a América uma potência mundial, e os Atores principais apresentarem características a que não podemos ficar indiferentes, com um Trump sempre surpreendente, e uma Kamala que é catapultada para o palco, pela desistência de um Biden fisicamente enfraquecido.

Já todos seguramente participámos, como atores ou ouvintes, em campanhas eleitorais. Normalmente, as acções de campanha, quer à saída dum ato de culto, quer de porta em porta, quer em comícios sonoros e animados, pintados de muitas bandeiras e entusiasmo, normalmente tais atos, acompanhados de brindes e camisolas, mais do que para premiar os que já se assumem como militantes ou simpatizantes do partido em campanha, serão para cativar os que nunca aderiram claramente a uma ideologia ou linha partidária, que navegam entre os muitos atores políticos, pendendo para aqui ou para ali, por razões muitas vezes surpreendentes, por simpatias inauditas, por gratidão, por despeito, por vingança, por entusiasmo, por tudo e por nada.

E serão esses indecisos que se transformam no centro da motivação das acções de campanha. Serão eles que farão pender a balança dos resultados para um lado ou para outro, de harmonia com a sua escolha.
Afinal serão os indecisos que decidem uma eleição!

Andamos em período crucial de orçamento de estado para 2025.Como é sabido, das eleições nacionais de março passado, saíram resultados muito próximos entre alguns partidos, tendo a AD (coligação entre PSD, CDS e PM) conseguido uma pequena percentagem a mais que os outros, o que lhe deu o direito constitucional de formar governo.
O certo, porém, é que ouvindo as declarações dos que não foram escolhidos para governar, por terem sido menos votados, fica-se com a ideia de que, cada um se acha no direito de ver o seu programa integrado num documento crucial, como é o orçamento de estado, tendo o mais votado de se adaptar aos menos votados.

Parece que a democracia deixou de ser o respeito pela vontade das maiorias, e que estas terão de subordinar-se, incondicionalmente, às minorias.

A democracia é um sistema em evolução constante. Negociar soluções para o País entre um painel alargado de projectos é sempre salutar, mas o respeito pelos resultados não pode ser escamoteado.

Penso que em democracia deve prevalecer o projecto maioritariamente escolhido pela população votante, enriquecido pelo contributo dos demais projectos, que devem complementar o mais votado, sem subjugá-lo aos programas que não foram vencedores em eleições livres e universais.

A democracia não é fácil, não é perfeita, mas é o melhor que ora temos, porque dá voz ao povo, que tem interesses diferentes, divergentes, complementares, sujeita a regras a serem respeitadas, como sejam as regras das maiorias livremente expressas.

E porque vem a propósito, permito-me falar de novo, da minha freguesia da Camacha que celebrou 30 anos de Vila.
O projecto que determina a elevação à categoria de Vila foi elaborado por mim, quando desempenhei funções de deputado regional, aprovado em sessão plenária de 15 de Julho de 1994, da Assembleia Regional, publicado como Decreto Legislativo Regional, com o número 20/94/M em 9.9.94, entrando em vigor no dia seguinte.

Foi a primeira freguesia na Madeira a ter a categoria de Vila sem ser sede de concelho.

Seria recomendável que continuasse a merecer a atenção dos vários atores políticos, governativos, autárquicos e privados, para não perder, antes solidificar, os fundamentos que foram a base da sua elevação à categoria de Vila, e que bem constam do DLR 20/94/M.

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