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Artigo de Opinião

1/09/2021 08:01

Nas primeiras provas após a II Guerra Mundial foi notória a presença de muitos automóveis de competição que sobreviveram ao conflito - à excepção de alguns alemães. Alguns deles com histórias caricatas de como escaparam à destruição às mãos germânicas, como os fabulosos Alfa Romeo 158, que ainda antes do eclodir das bombas demonstraram a sua enorme capacidade competitiva. Para os resguardar à destruição todos os "Alfetta" concebidos pelo eng. Gioacchino Colombo foram escondidos num armazém de uma queijaria na localidade italiana de Melzo. De onde só vieram à luz no fim de 1945. Dominando a competição no regresso às pistas das primeiras provas organizadas - ainda no cicatrizar das feridas de uma Europa em reconstrução - e onde se ouviu o rugir do motor dos oficiais "Alfetta" 158 ocorreu em Junho de 1946, em Saint Cloud, perto de Paris. Destinada a angariar fundos para a reconstrução de vilas destruídas durante a retirada do exército alemão de uma França ocupada pelo regime Nazi. Um dos seus principais mentores na organização desta prova com fins nobres, dava pelo nome sonante de Jean-Pierre Wimille. Os dois "Alfetta" em prova, o pilotado por Giuseppe "Nino" Farina e o do próprio Wimille acabaram por não terminar devido às sequelas da enorme inactividade entre queijos...

Desde 1938 como piloto oficial da equipa de fábrica da Alfa Romeo: A Alfa Corse. Inicialmente ao volante dos potentes "308" como na "Coupé de la resistence" e mais tarde dos "Alfetta" 158. Das muitas facetas do audaz piloto gaulês, enquanto desportista, na sua actividade política e na agitada vida amorosa, destaco o facto de ter sido piloto-aviador pelas forças aliadas e, notável membro da resistência Francesa ao invasor alemão. Ainda no início de 1938, Wimille acedera ao convite da Auto-Union, onde testou os seus modelos em Nurburgring. Mas, pelo ambiente político em que se embrenhara, como membro do movimento patriótico francês, recusa assinar pela equipa financiada por Hitler. Wimille obteve lugares secundários na linha de partida, por ordem da Alfa Corse, para que fosse vencedor um piloto italiano - o que muitas vezes enfureceu o piloto parisiense. Das primeiras provas de "Grande Prémio" onde tomou parte, obteve o 3.º lugar no GP das Nações, em 1946 na Suíça.

No ano seguinte Wimille tem um ano de sucesso entre outras provas é o vencedor do "VII Grande Prémio da Suíça "com uma versão mais potente e aligeirada do original 158. Sendo 1948 o último ano em que se destaca ainda na Alfa Corse e nas várias provas da época desportiva obtém várias posições entre os lugares do pódio, como no "XXXV Grande Prémio do ACF" a 18 de julho, repetindo a proeza diante do público italiano no Grande Prémio de Itália no Autódromo de Monza. Findando os três anos em que Wimille ganha o estatuto do principal piloto da Alfa Corse pela sua competência e audácia. Embora mais sereno na sua condução do que nos seus primeiros anos como piloto, nos anos 30, onde sofreu alguns acidentes graves. (cont.)

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