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Chega acusa Banca de “egoísmo” e “exploração”

Data de publicação
02 Setembro 2024
10:31

Francisco Gomes, deputado madeirense do Chega na Assembleia da República, acredita que a banca portuguesa “não é gerida com o objetivo de apoiar as famílias, os jovens, os empresários e os trabalhadores, nem com o propósito de alavancar a economia. Pelo contrário, o parlamentar defende que os principais bancos a operar em Portugal são movidos por interesses egoístas e, muitas vezes, contrários ao Bem Comum”.

Os comentários vêm na sequência da anunciada venda de parte do capital do Novo Banco pela Lone Star, o fundo de investimento norte-americano que, em 2017, adquiriu cerca de 75% do Novo Banco por mil milhões de euros. “A venda, que poderá ter lugar já em 2025, deverá render à Lone Star até cinco mil milhões de euros, ou seja, cinco vezes mais do que o valor que pagou pelo banco há cerca de oito anos
”, esmiúça o partido.

“A banca portuguesa está enclausurada no seu próprio egoísmo, continuando a priorizar lucros obscenos e o enriquecimento de uma elite, enquanto o cidadão comum sofre com taxas abusivas, crédito restrito e comissões sem sentido. Está à vista de todos a ganância de um sector que se tornou mestre na arte de explorar os trabalhadores, alimentar desigualdades, engordar os bolsos dos acionistas e desdenhar a justiça social”, reflete Francisco Gomes.

No caso específico do Novo Banco, o deputado do Chega aponta que “a gestão que tem vindo a ser feita pelos líderes daquela instituição não tem salvaguardado o interesse público”. Para suportar o argumento, Francisco Gomes aponta para o fato de que, “desde a resolução do antigo Banco Espírito Santo, o Novo Banco, seu herdeiro, já recebeu mais de 8,3 mil milhões em ajudas de Estado, algo que, a seu ver, tem, por um lado, agravado o défice orçamental e, por outro lado, potenciado o enriquecimento da uma elite à custa do empobrecimento generalizado da população”.

“Só o Novo Banco representa mais de 40% da despesa do Estado com a banca e, até em 2021, quando o banco registou um lucro de 185 milhões, a instituição foi buscar mais 209 milhões ao bolso dos portugueses. Tais atitudes, são o retrato da desfaçatez de um baco que, sem pudor, privatiza os lucros, mas obriga os cidadãos a pagar os prejuízos”, adita.

A concluir, Francisco Gomes acusa o governo da República, bem como o PS e o PSD, “de falta de coragem na relação com a banca”. A seu ver, “os dois partidos que têm dominado a governação nacional estão mais interessados em estar nas boas graças dos que comandam as redes de interesse do que em servir a Causa Pública”.

“Os governos do PS e do PSD que têm liderado o país têm demonstrado, com sua subserviência à banca, uma conivência covarde com as redes financeiras de interesse que, há décadas, asfixiam e empobrecem os portugueses de bem, que trabalham de sol a sol, enquanto se ajoelham diante dos poderosos e sacrificam a população em nome de privilégios obscuros. Isto é vergonhoso e inaceitável!”, remata.

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