"Ainda que o Governo da República se tenha comprometido, em 2022, a construir a Residência Universitária em São Roque, a verdade é que, até hoje, nada avançou e não existe sequer, passado um ano, um contrato assinado que sirva para garantir o arranque dos trabalhos" alertou, esta manhã, o deputado Dinis Ramos, numa deslocação ao Campus Universitário da Penteada, onde fez questão de frisar a urgência desta obra, tanto à luz das necessidades existentes como, também, atendendo ao facto desta ser uma intervenção a concretizar ao abrigo do PRR, e, por isso mesmo, "com prazos muito apertados aos quais é preciso corresponder".
Prazos apertados que, no entender do deputado eleito pelo PSD à Assembleia da República e também Vice-Presidente da JSD, não se compadecem com os constantes atrasos que se têm vindo a verificar por parte do Governo da República na celebração do contrato e que podem mesmo impedir que a mesma avance, para prejuízo da Universidade, dos alunos e de todos os Madeirenses.
"Estamos a falar de uma obra que é fundamental para albergar, futuramente, alunos fora do Funchal - que, apesar das excelentes acessibilidades de que hoje a Região dispõe, podem ter aqui uma alternativa de alojamento - mas também para albergar, na ótica do projeto e da estratégia de internacionalização da UMa, todos aqueles que, vindos do estrangeiro, queiram vir para a Região especializar-se em determinadas áreas ou contribuir para a evolução desta Instituição", disse, na ocasião, o deputado, apelando a que, mais do que palavras, o Governo da República "concretize os seus compromissos e não perca mais esta oportunidade" e garantindo que, na Assembleia da República, o PSD tem vindo e continuará a reunir todos os esforços e a usar todos os instrumentos ao seu dispor para pressionar a República a avançar no arranque da obra.
Dinis Ramos que, nesta oportunidade, lembrou que as Universidades devem ser vistas como instrumentos de desenvolvimento económico, social e cultural das Regiões onde se inserem e que, nessa medida, a componente do alojamento é uma das várias valências essenciais para que as mesmas cumpram o seu papel. "Não percebemos a razão de tantos atrasos, sabemos que têm existido reuniões entre o Governo da República e a Reitoria e aquilo que defendemos é que, de uma vez por todas, se passe das intenções às ações e se consiga construir esta Residência, sob pena de negligenciarmos recursos financeiros do PRR que existem, precisamente, para corresponder a esta e a outras necessidades essenciais", rematou.
Redação