O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz recorreu, hoje, ao Facebook para denunciar aquele que considera ser “um inaceitável ataque ao poder local que está a ser levado a cabo pelo Governo Regional, através de um dos seus braços armados que é a empresa pública Águas e Resíduos da Madeira (ARM)”.
Filipe Sousa refere-se à alteração do tarifário proposto pela ARM, a praticar durante o ano de 2025, nos serviços de águas e resíduos, a qual, no seu ponto de vista, “é o reflexo da política desonesta praticada por este governo PSD/CDS, que não olha a meios para atingir os fins”.
“É um ataque sem precedentes aos municípios da RAM e poderá configurar um crime que lesa os interesses e os direitos dos municípios e respetivos cidadãos, que não podem, sob nenhum pretexto, ser obrigados a suportar os custos supérfluos de uma empresa pública que foi criada para simplesmente castrar a intervenção municipal numa das áreas que é da sua inteira competência e atribuição. Espero, muito sinceramente, uma voz firme e consistente por parte da direção da AMRAM”, escreve o autarca.
O edil considera que aumentos propostos “são escandalosos”, pelo que não pode aceitar, “nem tão pouco fazer repercutir esses aumentos na fatura mensal dos nossos munícipes”. “Propõem um aumento de 12% por cada m3 na compra de água em alta e 35% por cada tonelada de resíduos entregue na Meia Serra. Tudo somado, representará perto de um milhão de euros que teremos de inscrever no nosso orçamento municipal para o ano de 2025”, critica.
Face ao exposto e por considerar “que a ARM continua a servir de braço armado do poder regional e do seu projeto político de poder”, Filipe Sousa anuncia que, em Santa Cruz, vai “agir judicialmente contra essa empresa publica, em defesa da população, dos direitos constitucionais e da democracia”.
“Por mim, chega desta gente que não governa nem deixa governar, e que age sempre não em benefício da população, mas em benefício próprio”, remata.