A Câmara Municipal do Funchal (CMF) apelou hoje à população para a poupança de água, devido a vários constrangimentos que incluem o incêndio rural que lavra há quase uma semana na ilha da Madeira.
“Por força da combinação de tempo quente, incêndios e constrangimentos relacionados com a queda de pedras, que afetam a adução de água às estações de tratamento da ARM [Águas e Resíduos da Madeira] que abastecem a cidade do Funchal, a Câmara Municipal alerta para a necessidade de poupar água”, escreveu a CMF num apelo enviado às redações.
A autarquia apela, por isso, que sejam evitadas “atividades não essenciais, nomeadamente a lavagem de quintais e de automóveis”.
O incêndio rural na Madeira deflagrou há uma semana, dia 14 de agosto, nas serras da Ribeira Brava, propagando-se na quinta-feira ao concelho de Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, indicados pelo presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, António Nunes, apontam para 4.392 hectares de área ardida até às 12:00 de terça-feira.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, diz tratar-se de fogo posto.