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JPP lê parte de relatório do MP; PSD classifica de “gravidade atroz” transformar parlamento num tribunal

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
01 Outubro 2024
12:31

Depois das palavras de Paulo Cafôfo sobre a existência de corrupção na Madeira, Bruno Macedo, do PSD, desafiou o PS no sentido deste partido criar o seu próprio código de conduta para os seus membros.

Na resposta, o líder parlamentar do PS, lembrou que quando houve suspeitas de corrupção sobre António Costa, o primeiro-ministro se demitiu por valores éticos”, confrontando com a posição de Miguel Albuquerque quando recaíram suspeitas sobre o presidente do governo regional. Na continuação da apreciação do diploma submetido pelo PS, Paulo Alves do JPP, disse que “há uma panóplia” de comportamentos no governo que exige um código de conduta, afirmando de forma convicta que o governo não está a preparar um código de conduta, como divulgado por Bruno Macedo.

Élvio Sousa, também do JPP, lembrou o despacho do Ministério Público relativamente ao processo ‘Ad initio’, com escutas efetuadas e contratos públicos em investigação, lendo parte do relatório judicial. “Este é um exemplo do código de conduta desta quadrilha”, reforçou, classificando de “podridão” o que se passa no governo regional.

Em reação, Brício Araújo, do PSD, reafirmou que o PSD é “totalmente contra qualquer tipo de corrupção, é a favor da transparência e da investigação sobre a verdade”. Acusou que “muitos daqueles que proclamam a transparência, foram os primeiros a rasgar os próprios códigos de conduta que criaram. Não embarcamos nestes discursos vazios”, disse o parlamentar, acusando a oposição de “ataques ao poder”.

Acusou o JPP de estar a violar o princípio da separação de poderes transformando a assembleia num tribunal, ao ter revelado partes do relatório que devia estar em segredo de justiça. “Isto é muito grave. Nunca pensei que um deputado lesse nesta casa uma parte de um documento processual na Justiça”, afirmou classificando essa atitude de “gravidade atroz”, e falta de respeito pela conduta dos deputados na Assembleia.

Dirigindo-se a Élvio Sousa, Brício Araújo alertou que “o senhor deputado não atropelou a Justiça, não atropelou esta Assembleia. O senhor deputado atropelou-se a si próprio”.

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