Na reunião de Assembleia de Freguesia do Caniço, realizada esta quarta-feira, dia 11 de dezembro, Lídia Albornoz, vogal da Assembleia de freguesia e presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP em Santa Cruz, votou contra a proposta de Orçamento para 2025 porque as prioridades estabelecidas pelo executivo, para o próximo ano, não correspondem às reais necessidades da população, anunciou hoje o partido.
Por considerar que o foco das políticas da Junta de Freguesia está desalinhado com as aspirações da população, a autarca declara que não poderia aceitar que o Orçamento do próximo ano continuasse a negligenciar áreas essenciais como a manutenção dos espaços públicos, os apoios sociais e a dinamização da vida comunitária, pode ler-se num comunicado do CDS.
Citada na mesma nota, Lídia Albornoz sublinha que, durante o mandato do atual presidente de junta, as questões sociais foram negligenciadas, sem um esforço efetivo para adaptar a freguesia às novas exigências sociais.
A centrista considera que “parece que a governação do Juntos Pelo Povo ficou estagnada no tempo, sem perceber as mudanças sociais que ocorreram na freguesia, persistindo numa visão exclusivamente residencial do Caniço, quando a realidade exige uma abordagem mais abrangente. Por isso, alerta para a necessidade urgente de se potenciar um desenvolvimento social efetivo, através da criação de infraestruturas públicas e de iniciativas da junta que promovam e dinamizem as áreas social, cultural e comunitária”.
Acrescenta ainda que, essa má gestão do executivo do Juntos Pelo Povo reflete-se na proposta de um Orçamento desajustado à realidade da freguesia, que é evidenciado pela alocação de apenas 1.33% da despesa para a área social. Também pelo facto de a verba disponível para a cultura, que sofreu um acréscimo em relação ao orçamento anterior, ser destinada quase exclusivamente à Festa da Cebola e à Festa Gastronómica, “eventos que devem ser reavaliados para que realmente envolvam e beneficiem a comunidade da freguesia”, defende.
Lídia Albornoz sublinha que, por diversas vezes, transmitiu ao executivo da junta as suas preocupações e apresentou um conjunto de propostas para a melhoria do Orçamento discutido e votado naquela reunião. Propostas que, apesar de estarem devidamente fundamentadas, não foram incluídas naquele documento.
De entre essas propostas, destaca as que defendiam a necessidade de alocar mais recursos para as questões sociais e comunitárias, como a promoção de atividades intergeracionais ou a criação de um plano de bem-estar e proteção animal, com particular foco nos animais errantes. A autarca do CDS aproveitou o período de discussão para reivindicar um controle orçamental mais responsável e transparente, propondo a criação de relatórios detalhados sobre as iniciativas de grande impacto social e orçamental, como a Festa da Cebola e a Festa Gastronómica.
Exigiu ainda maior empenho do executivo na defesa dos interesses da freguesia junto de outras entidades, dando como exemplo, a necessidade que interceda junto da Câmara Municipal de Santa Cruz para a cedência do imóvel, que antigamente abrigava a Junta de Freguesia do Caniço, e que poderá servir à comunidade como anexo da Escola EB1 do Caniço, cuja insuficiência de salas de aula é conhecida.
Por fim, Lídia Albornoz esclarece que o seu sentido de voto não foi movido por uma intenção de simplesmente se opor ao executivo da junta, mas sim pelo compromisso e pela responsabilidade de defender o que é verdadeiramente importante para a população da freguesia do Caniço.