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Modelo global de dados revela "aumento expressivo" da população idosa

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Data de publicação
17 Fevereiro 2023
18:49

Modelo global de dados desenvolvido pela Direção Regional das Politicas Publicas Integradas de Longevidade (DRPPIL) revela "aumento expressivo" da população idosa na Região.

De acordo com um comunicado da Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil, que tutela a DRPPIL, "este modelo, consiste num instrumento conceptual, de análise de informação que, por um lado permite apreciar o processo de envelhecimento coletivo, bem como produzir evidências, técnicas e científicas, de apoio a medidas estratégicas que acolham o respeito pela diversidade considerável que existe na forma como as pessoa envelhecem".

Comparando dados censitários, o modelo evidencia que em 2011, existiam 39.898 idosos que correspondia a 14,9% da população madeirense e em 2021, a população idosa, representava já 20% (50 149 habitantes) da demais população residente (250 744 habitantes).

No que respeita ao índice de envelhecimento, em 2021, existiam 157 idosos para cada 100 jovens. Os dados de 2011 apontavam para 87 idosos por cada 100 jovens. Em 2021 verifica-se um aumento da esperança média de vida aos 65 anos, que é de 17,76 anos, quando em 2011 era de 17,45 anos, correspondente a um aumento de 4 meses nestes últimos 10 anos.

O índice de longevidade é outro indicador demográfico em análise. Em 2021 existiam cerca de 45 idosos, com 75 ou mais anos, por cada 100 idosos com 65 ou mais anos, sendo este valor aproximado, daquele que se verificou em 2011 (46 idosos com 75 anos e mais por cada 100 com 65 anos e mais).

Quanto à população residente e à possibilidade do seu declínio, adianta a mesma fonte, "as projeções demográficas apontam para 162 750 habitantes em 2080. Também em 2080, em termos de projeções, poderemos ter um cenário, no qual poderão existir cerca de 429,3 idosos por cada 100 jovens".

"As políticas para a longevidade devem considerar todo o ciclo de vida das pessoas, devem fomentar o envelhecimento saudável, apoiar vidas longas produtivas e respeitar a diversidade no envelhecimento, apoiando aqueles que não podem, nem conseguem viver de forma produtiva e independente, bem como incentivar aqueles que ainda se podem manter ativos, produtivos mantendo-se autónomos o maior tempo de vida possível", considera Ana Clara Silva, diretora regional.

Olhar para todas as idades com dign(idade) e respeito pela individual(idade) é, segundo esta responsável, o objetivo da DRPPIL. "A longevidade é indissociável do fenómeno do envelhecimento. A longevidade é uma conquista e uma oportunidade, por seu turno, o envelhecimento, como parte da longevidade, pode ser um desafio com enorme pressão sobre os sistemas de saúde, social e económico", sublinha Ana Clara Silva.

Iolanda Chaves

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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