“O problema é dele, não é meu. Eu faço o que eu bem entender. O que vai na minha consciência”, disse hoje Miguel Albuquerque, à margem do encerramento da final europeia do Campeonato do Mundo de criação de jogos, Game Jam, e em resposta às declarações de ontem de Luís Montenegro, que no debate na RTP assumiu que faria diferente, na questão da opção de Miguel Albuquerque se recandidatar à liderança do PSD/M.
Ontem, no debate com todos os candidatos de partidos com assento parlamentar, na estação pública, Luís Montenegro, candidato da Aliança Democrática (PSD-CDS-PPM), foi confrontado com a situação atual de o presidente do Governo e do PSD/M ser arguido num processo que não está encerrado e de se recandidatar a novo mandato.
Hoje, em reação ao comentário de Montenegro, Miguel Albuquerque respondeu: “Não preciso do apoio de Lisboa para nada. O que preciso é do apoio do povo madeirense”.
Por outro lado, comentando a sondagem da Universidade Católica, que ontem deu uma vantagem de 6% da AD perante o PS, Miguel Albuquerque afirmou não acreditar muito em sondagens, mas mostrou-se satisfeito com a vitória projetada nas eleições de 10 de março. Porém, considera que tudo permanece em aberto.
De todo o modo, defendeu “a necessidade” de haver um Governo com estabilidade, “quer na Madeira, quer nos Açores, quer no País”. Isto porque “os governos que são sustentados por maiorias parlamentares escassas são governos sujeitos a grandes constrangimentos e trazem consequências”.