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PAN: “Onde esteve a consciência ambiental” dos partidos que usam as Ginjas “de forma populista”?

Data de publicação
26 Abril 2024
18:53

O PAN Madeira reagiu hoje à controvérsia recente em torno da estrada das Ginjas num comunicado que sublinha, logo a abrir, “que o problema foi criado na década de 80, na sua abertura original”, questionado “onde esteve a consciência ambiental de todos os outros Partidos que utilizam este tópico de forma populista, imputando no PAN, eleito em Setembro do ano passado, responsabilidades ou resoluções”.

“O Partido considera curioso que, estando a ocorrer grandes limpezas de carqueja no Paul da Serra e eliminando de forma acidental também urzes e uveiras, onde está a atenção e tomada de posição dos restantes partidos? Se a desculpa é que aí não é Laurissilva, então o PAN considera o sequinte: O urzal de altitude é imensamente importante e tem, no Programa do PAN, várias medidas destinados a ele próprio. Depois, se preferirem focar-se na Laurissilva, que dizer das “limpezas” feitas na estrada que liga a Ribeira da Janela ao Fanal, essa sim num centro de Laurissilva e que teve, nos últimos meses, um arboricídio tamanho e dantesco, sendo visíveis os cortes e danos em Folhados, Uveiras, Urzes, onde nem havia, praticamente, qualquer invasora?”, lê-se na nota de imprensa enviada às redações.

Para o PAN, “a instrumentalização da Laurissilva, palavra única que alguns parecem conhecer no que à floresta madeirense diz respeito, é vil e envergonha o património natural quando utilizada de forma fácil e populista. O PAN Madeira não se foca apenas e só nesta intervenção, mas sim em tantas outras por essa Madeira fora. Como tal, o aproveitamento politico que é dado a esta esta intervenção por parte de outros partidos políticos não é mais do que apenas demagogia”.

Quanto à situação atual das Ginjas, o PAN considera “qualquer via aberta no meio da floresta é uma potencial entrada para infestantes e, feito qualquer caminho, é dada a sentença de controlo e limpeza eterna de infestantes, sendo um processo sem fim”.

“O problema prende-se, precisamente, com a manutenção demasiado amiúde e espaçada no tempo, tornando o problema da sua eliminação bastante mais complicada quando, por exemplo, as giestas crescem muito mais rápido tapando, efetivamente, várias das plantas nativas que foram plantadas, e bem, à berma da estrada. O PAN considera que a remoção das infestantes era necessária e verifica que foram muitas mais a giesta, carqueja e acácia australiana retiradas do que os danos ocorridos nas nativas, ainda que reitere que qualquer perda das mesmas, pela sua raridade e lentidão a crescer é uma grande perda”, defende o partido na mais nota.

“Tivesse o PAN mais força e poder, o Partido teria feito a limpeza de forma mais cirúrgica, com uma equipa de avanço a sinalizar e a limpar manualmente as áreas mais complicadas, percebendo que uma atividade em 8km de estrada é difícil e complicada”, acrescenta-se na nota que concluiu, em jeito de resumo, que “o processo é difícil e como tal seriam necessários bastante mais meios financeiros e de pessoal para a manutenção frequente deste e de vários PRs, também eles infestados de plantas exóticas, medidas essas, precisamente, que o PAN defende no seu Programa Eleitoral”.

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