No Museu Henrique e Francisco Franco, a exposição “O Cão do Dragoal”, do artista madeirense Nuno Henrique, estará em exibição até amanhã, dia 8 de outubro. A exposição já acolheu cerca de 820 visitantes, o que demonstra “o grande interesse que despertou entre o público”, como refere o espaço museológico em nota de imprensa.
Nuno Henrique, atualmente a residir em Nova Iorque, desenvolve o seu trabalho numa relação próxima entre o desenho e a escultura, utilizando técnicas manuais que exigem um longo tempo de produção. As suas obras exploram frequentemente uma ligação conceptual ao mundo natural e à paisagem.
Nesta exposição, o artista parte de um encontro inesperado com um cão durante uma caminhada até ao Dragoal, no arquipélago do Porto Santo, utilizando desenhos, mapas e fotografias para registar a experiência. Este episódio serve como base para uma nova série de obras e um livro de artista, em diálogo com a coleção do Museu, especialmente com os cadernos de desenhos de viagem.
“O Cão do Dragoal” insere-se na iniciativa SEMEADORES, que promove a criação de arte contemporânea em Portugal através da colaboração entre instituições culturais. A iniciativa questiona também o papel das ilhas, não como lugares periféricos, mas como pontos centrais em rotas intercontinentais, com influência significativa na arte contemporânea.
Este projeto é apoiado pela Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), que tem como objetivo fomentar a criação e divulgação da arte contemporânea em Portugal, conectando artistas, coleções públicas e privadas.
Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal do Funchal, que continua a apostar na valorização da cultura local, promovendo o talento local e a cultura da região, incentivando a criação de obras que refletem as experiências e paisagens únicas da Madeira e Porto Santo.