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Euro2024: João Nuno Fonseca vê Portugal incómodo com plano de Martínez

Data de publicação
03 Julho 2024
17:58

Vários futebolistas preponderantes de Portugal têm sentido incómodo com as missões e os posicionamentos atribuídos pelo selecionador nacional, o espanhol Roberto Martínez, durante o Euro2024, admite o treinador João Nuno Fonseca.

“Temos de dar conforto aos jogadores para eles entregarem o melhor de si, mas, quando lhes tiramos isso, não criamos apenas desconforto, como pedimos coisas que não estão habituados. Continuo a achar que não há conforto face àquilo que foi a temporada destes jogadores. Sobretudo, é necessário gerar interações e procurar ao máximo criar um estilo que nos permita condicionar o oponente”, referiu à agência Lusa o antigo técnico-adjunto dos gauleses do Nantes (2018/19), do Stade de Reims (2021/22) e do Valenciennes (2023/24).

Portugal e França lutam pelo acesso às meias-finais da 17.ª edição do Europeu na sexta-feira, a partir das 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Volksparkstadion, em Hamburgo, na Alemanha, oito anos depois do triunfo luso sobre os ‘bleus’ (1-0, após prolongamento) na decisão de 2016, no Stade de France, em Saint-Denis, graças ao tento do suplente Éder.

“Espero que o selecionador devolva o que é natural aos nossos jogadores. Se tivermos o João Cancelo mais por fora e o Bernardo Silva a invadir espaços interiores, vamos criar dificuldades acrescidas à França. Se permitirmos que o Rafael Leão tenha liberdade para desequilibrar e ser criativo no último terço, vamos tirar partido disso. O mesmo vale se o Nuno Mendes estiver bastante ofensivo do lado esquerdo. Agora, tudo depende do nosso momento e também da estrutura adotada para o posicionamento dos futebolistas”, notou.

Portugal precisou do desempate por grandes penalidades (3-0, após empate 0-0 nos 120 minutos) para suplantar a Eslovénia nos ‘oitavos’, mas João Nuno Fonseca confia que os futebolistas “estarão em pleno ou perto disso em termos fisiológicos” com quatro dias de recuperação e que o ‘onze’ inicial possa ser repetido pela primeira vez ao quinto embate.

“Eu só espero que o Vitinha [substituído aos 65 minutos do último encontro] consiga ter a oportunidade de jogar a partida toda, pois é o atleta que, neste momento, está a criar e a ser mais diferenciador. Retirá-lo de campo é algo que ainda não consegui entender. Tem sido preponderante esta época, não só na seleção, como no Paris Saint-Germain”, frisou.

Aguardando por um encontro “definido nos detalhes e com impacto das bolas paradas”, o treinador, de 35 anos, aceita que Portugal continue a ser movido pelo estado de alma de Cristiano Ronaldo, recordista de fases finais (seis), jogos (27) e golos (14) em Europeus.

“Ele representa muito para Portugal e fazer o que tem feito no plano físico quer dizer que está ao nível dos melhores. Fisicamente, não se pode dizer que não é capaz. Agora, não nos podemos centrar apenas num jogador, mas nas dinâmicas coletivas que fazem com que ele seja produtivo. Para mim, esse é o ponto fulcral e penso que a equipa não está a conseguir chegar devidamente ao Cristiano Ronaldo, que já foi, é e será decisivo”, disse.

O avançado e capitão, de 39 anos, esteve em foco na segunda-feira, ao permitir a defesa a Jan Oblak, antigo guarda-redes de Beira-Mar, Olhanense, União de Leiria, Rio Ave e Benfica, na conversão de uma grande penalidade, aos 105 minutos, redimindo-se, mais tarde, no primeiro de três pontapés concretizados pelos lusos no desempate através da marca dos 11 metros, no qual Diogo Costa fixou um recorde de três defesas seguidas em Europeus.

“Aquilo que estamos a demonstrar como coletivo não está a ajudar o Cristiano Ronaldo a marcar golos. A maneira como se antecipa aos adversários, consegue saltar mais alto do que o seu oponente direto e ataca de forma aguerrida a área são sinais evidentes de que está mais do que pronto para ter rendimento num Europeu”, insistiu João Nuno Fonseca, numa altura em que o recordista de internacionalizações (211) e golos (130) por Portugal já somou 366 minutos dos 390 possíveis na prova e continua à procura do primeiro tento.

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