O inédito apuramento de Filipa Martins para a final do concurso completo (‘all around’) dos Jogos Olímpicos Paris2024 é uma “alegria imensa” e um “passo gigante” para a ginástica artística portuguesa, considerou hoje o presidente da federação.
“É uma alegria imensa, estamos todos eufóricos, nas nuvens. Um feito e passo gigante para a ginástica artística nacional. Um momento histórico. É difícil ter palavras depois de um trabalho, espírito de sacrifício, força de vontade da Filipa e dos seus treinadores José Ferreirinha e Joana Carvalho, do clube, da associação... toda a gente que nestas décadas a acompanhou desde a primeira treinadora, Cristina Gomes”, elogiou Luís Arrais, em declarações à Lusa.
Filipa Martins assegurou uma das 24 vagas na final de Paris2024, ao conseguir 53.166 pontos, com 14.133 nos saltos, graças ao Yurchenko com dupla pirueta, 13.800 nas paralelas assimétricas, a sua especialidade, 12.633 no solo e 12.600 na trave.
“Há um grande trabalho, grande vontade, grande motivação e grande espírito de sacrifício da Filipa. É gigantesco. Um feito desejado há décadas e que finalmente aconteceu”, congratulou-se o dirigente.
A ginástica do Acro Clube da Maia foi 37.ª no Rio2016 e 43.ª em Tóquio2020, mas é aos 28 anos, idade invulgar atletas de alta competição na artística, que vai conseguir o melhor resultado olímpico da sua carreira.
“Tudo é possível com trabalho e dedicação. Desta vez provou-se que tudo é possível através de uma atleta fora de série que mostra a todos os ginastas portugueses que os sonhos estão ao nosso alcance, só precisamos de os ter e depois trabalhar para os obter, alcançar”, reforçou Luís Arrais.
O presidente da federação espera agora que Filipa Martins possa atingir o melhor lugar possível, “melhorando um bocadinho” o seu desempenho, apesar de tudo o que conseguiu até agora ser “excelente”.
Finalmente, deu os parabéns à ginástica nacional pelo “momento excecional” que diz esta estar a viver.
“Em 2023 tinha sido um ano fantástico, mas 2024 está a ser fabuloso e ainda não acabou...”, concluiu Luís Arrias, que acompanhou ‘in loco’ a atuação de Filipa Martins.