Os custos dos danos causados por ciberataques estão a crescer e até 2025 deverão aumentar 130%, de acordo com Jorge Rodrigues, especialista em cibersegurança da Meo Empresas, durante uma preleção sobre a “Cibersegurança e IA, o futuro é digital”, na conferência desta tarde da Meo Empresas, que está a decorrerá no Funchal.
Jorge Rodrigues apresentou hoje um conjunto de dados que mostram como os ataques estão a aumentar e a serem mais penalizadores e como a cibersegurança é relevante no contexto atual.
Entre os efeitos da quebra de segurança no negócio, o especialista destacou que 17% das entidades atacadas perdem clientes, 29% perdem dados, 23% sofrem danos financeiros e 22% comprometem as contas dos clientes.
Na última intervenção do dia, antes do encerramento feito por Jorge Sequeira, diretor comercial da Meo Empresas, Jorge Rodrigues falou também da inteligência artificial para enfatizar que esta tecnologia tem dois lados, um bom e outro mal, ou seja, tanto serve para reforçar a cibersegurança como para atacar uma empresa.
No lado bom da IA, em contexto de cibersegurança, o especialista destacou a melhoria na detenção de ameaças, a melhoria na gestão de vulnerabilidade, a aceleração de tempo de resposta a incidentes, a melhoria na defesa em escala, a redução de alertas falsos positivos e ainda que a automação facilita escassez de recursos.
Porém, no lado mau da IA, está o avanço de capacidades de ataque, como o phishing, malware e fake; a quebra de dados e exposição de identidade via genIA; a complexidade acrescida de governança, a segurança técnica dos próprios sistemas de IA; o risco de potenciais backdoors em software de cadeia de abastecimento; e a preocupação legal com propriedade intelectual e responsabilidade.
A Meo Empresas desenvolveu um modelo de cibersegurança muito assente na prevenção, mas com a capacidade de, em caso de ataque, haver uma resposta segura por parte das equipas - acrescentou.