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Deputado no exílio apela à UE que exija reconhecimento da vitória da oposição na Venezuela

Data de publicação
14 Setembro 2024
13:12

O deputado venezuelano no exílio Manuel García defendeu hoje que a União Europeia (UE) deve exigir às autoridades do país o reconhecimento da vitória do candidato da oposição, Edmundo González, nas eleições presidenciais de 28 de julho.

“A União Europeia deve, numa luta compacta, exigir que se respeite os resultados da eleição de 28 de julho na Venezuela. Em 28 de julho, Edmundo González ganhou a Presidência da República com mais de sete milhões de votos, algo que jamais tinha acontecido na Venezuela”, afirmou.

Manuel García, exilado em Espanha há cerca de um mês, falava no âmbito de uma conferência intitulada “Todos Por Venezuela”, promovida pelo PS/Madeira, que decorreu numa unidade hoteleira no Funchal.

“O que existe na Venezuela é uma máfia transnacional que quer tomar o poder para levar os seus tentáculos ao resto do mundo”, alertou, referindo-se ao regime de Nicolás Maduro.

Manuel García, eleito deputado pelo Estado de Aragua nas listas do MUD - Coligação da Unidade Venezuelana e é o coordenador do partido Voluntad Popular naquele Estado, disse que o seu trabalho no exílio, tal como os outros opositores, foca-se em “reunificar a diáspora venezuelana” e sensibilizar as forças políticas em “todos os países da União Europeia” para que assumam a luta pela verdade, a democracia e a justiça.

“O que estamos fazendo é organizar os venezuelanos que estão fora do país para que continuemos [a lutar], juntamente com as forças políticas que acreditam na democracia”, explicou, para logo realçar: “Mais do que a luta dos venezuelanos é a luta pela democracia, não apenas no continente sul-americano, mas no mundo inteiro”.

Manuel García alertou, por outro lado, para a possibilidade de cerca de 7,5 milhões de venezuelanos serem forçados a sair do país devido à crise económica.

Em 28 de julho, as autoridades eleitorais venezuelanas declararam Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais horas depois do encerramento das urnas, mas, ao contrário de eleições anteriores, nunca divulgaram os resultados pormenorizados das votações para corroborar a decisão.

A condenação mundial pela falta de transparência levou Maduro a pedir ao Supremo Tribunal, repleto de membros do partido no poder, que auditasse os resultados. O tribunal reafirmou a vitória.

O candidato Edmundo González Urrutia, o antigo diplomata que representa os principais partidos da oposição e que reivindicou a vitória por uma larga margem, está agora exilado em Espanha.

No âmbito da conferência “Todos Por Venezuela”, o líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, disse que o governo de Nicolás Maduro não é socialista, apesar de se afirmar como tal, sublinhado que se trata de uma fraude.

“Estamos a falar de uma ditadura assente no narcotráfico, numa elite que procura espoliar os venezuelanos das riquezas do seu país e que concentra a riqueza nas mãos de poucos, enquanto distribui a pobreza”, disse.

Paulo Cafôfo, que desempenhou o cargo de secretário de Estado das Comunidades no último executivo liderado por António Costa, disse que Portugal tem uma “responsabilidade acrescida”, porque “não pode abandonar a comunidade portuguesa nas mãos de um regime que é uma ditadura”.

“A comunidade portuguesa precisa de ser defendida com os valores do nosso país, com os valores universais, civilizacionais, que são os valores da liberdade e da democracia”, alertou, para logo reforçar: “O chavismo falhou e eu estou certo que Maduro vai cair de podre. Vemos o fim à vista, mas temos de continuar esta pressão.”

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