Uma lancha que transportava migrantes virou-se hoje de manhã, ao largo da ilha de Rodes, no leste da Grécia, provocando oito mortos, anunciaram as autoridades gregas, acrescentando terem resgatado outras 18 pessoas.
A guarda costeira adiantou que o incidente aconteceu quando a lancha realizava “manobras perigosas” para tentar escapar de um navio patrulha, fazendo com que os migrantes caíssem ao mar.
Está em curso uma operação de resgate envolvendo navios da guarda costeira e um helicóptero, uma vez que não é claro se outros passageiros estão desaparecidos, disseram as autoridades.
Rodes, uma das várias grandes ilhas gregas situadas perto da costa da Turquia, está numa movimentada rota de tráfico ilegal de pessoas no Mediterrâneo Oriental.
A Grécia registou, desde o início do ano, um aumento de 25% no número de chegadas ao território de pessoas que fogem da guerra e da pobreza, e um aumento de 30% nos fluxos em direção ao arquipélago do Dodecaneso e ao sudeste do Mar Egeu, segundo dados do Ministério das Migrações grego.
“O sudeste do Mar Egeu e a ilha de Rodes sofrem atualmente pressões migratórias”, garante o ministro Nikos Panagiotopoulos, assegurando, no entanto, que este aumento não está diretamente ligado aos conflitos no Médio Oriente.
A Grécia, a par de Itália, Espanha e Malta, é conhecida como um dos países da “linha da frente” das chegadas de migrantes irregulares à Europa.
É abrangida pela rota migratória do Mediterrâneo Oriental, normalmente efetuada entre as costas turcas e o território grego.
Desde o início do ano, pelo menos 1.452 migrantes perderam a vida no Mar Mediterrâneo ou estão desaparecidos, de acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações.