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Exército israelita mata adolescente palestiniano em operação na Cisjordânia

Data de publicação
03 Setembro 2024
15:54

O Exército israelita matou hoje um adolescente palestiniano durante uma operação numa aldeia nos arredores da cidade de Jenin, na Cisjordânia, acusaram as autoridades palestinianas.

Segundo a mesma fonte, esta morte eleva para 30 o número total de vítimas desde o início de uma operação em grande escala das forças israelitas no norte da Cisjordânia, na semana passada.

O Ministério da Saúde cisjordano, ligado à Autoridade Palestiniana, revelou, numa breve mensagem publicada na sua conta da plataforma digital Telegram, que o jovem morto é Lujain Osama Muslé, de 16 anos, que “caiu como mártir das balas disparadas pelas forças de ocupação na aldeia de Kafr Dan, no distrito de Jenin”.

Sublinhou também que seis dias de operações das tropas israelitas fizeram até agora 30 mortos e 130 feridos, afirmando que desde 07 de outubro de 2023 – data do ataque perpetrado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas em território israelita e do início da guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza - 682 palestinianos foram mortos e cerca de 5.700 feridos.

Só na província de Jenin, até agora, 18 pessoas foram mortas no âmbito da operação israelita, às quais se somaram cinco em Tulkarem, quatro em Tubas e três em Hebron, precisou o ministério.

“Entre os mártires, há seis crianças e dois idosos”, acrescentou.

As autoridades israelitas argumentaram na semana passada que lançaram a operação para combater terroristas que se encontravam no norte da Cisjordânia, o que levou o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, a interromper a sua visita oficial à Arábia Saudita para regressar à Cisjordânia e avaliar a situação.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Hamas fez também nesse dia 251 reféns, 97 dos quais continuam em cativeiro, 33 dos quais entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.

A guerra, que hoje entrou no 333.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 40.819 mortos (quase 2% da população) e 94.291 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros após mais de dez meses e meio de guerra, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também cerca de 1,9 milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas - “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

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