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Hamas: “Matar os nossos líderes não significa o nosso fim”

Data de publicação
18 Outubro 2024
12:50

O Hamas garantiu hoje que o movimento islamita palestiniano “não poderá ser eliminado” apesar da morte dos seus líderes, sem, no entanto, confirmar que Yahya Sinouar foi abatido em Gaza.

“Parece que Israel pensa que matar os nossos líderes significa o fim do nosso movimento e da luta do povo palestiniano. O Hamas é um movimento liderado por pessoas que procuram a liberdade e a dignidade e que não pode ser eliminado”, disse Bassem Naim, chefe das relações políticas e internacionais do gabinete político do Hamas.

“A eliminação dos seus líderes não significa nem o fim do movimento nem o fim da luta do povo palestiniano”, frisou o representante.

Esta é a primeira declaração do Hamas após Israel ter anunciado na quinta-feira a morte, no dia anterior, do seu líder em confrontos armados com Israel no sul de Gaza, embora o grupo não confirme explicitamente a morte de Sinouar.

“Acreditamos que o nosso destino é uma de duas coisas boas: ou a vitória ou o martírio”, acrescentou.

A declaração do Hamas destaca ainda que nenhuma das incursões de Israel contra alguns dos seus líderes, como o comandante Salah Sehadeh, o primeiro chefe das Brigadas al-Qassam, o braço armado do grupo extremista palestiniano, conseguiu enfraquecer a milícia.

“As mortes dos nossos líderes tornam o grupo mais forte e mais popular e, ao mesmo tempo, todos eles são lembrados como ícones entre as gerações futuras que continuarão o caminho rumo a uma Palestina livre”, prosseguiu.

“Sim, é muito doloroso e angustiante perder entes queridos, especialmente líderes extraordinários como os nossos, mas o que temos a certeza é que finalmente sairemos vitoriosos; este será o resultado para todas as pessoas que lutaram pela sua liberdade”, acrescentou o representante.

Segundo refere a agência noticiosa espanhola EFE, “a verdade é que a morte de Sinouar marca um antes e um depois no decurso do conflito regional”, uma vez que o grupo palestiniano já ficou decapitado após as eliminações do chefe do gabinete político, Ismail Haniyeh, e do chefe militar, Mohamed Deif.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, não menciona nenhum destes três líderes na declaração.

“O Hamas não governará mais Gaza. É o início do dia pós-Hamas”, disse na quinta-feira o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, poucas horas depois de o Exército israelita ter confirmado a morte de Sinouar.

Netanyahu alertou, no entanto, que a guerra na Faixa de Gaza, que acumulou mais de 42.400 mortes palestinianas, na maioria civis, ainda não terminou e que há ainda “muitos desafios pela frente”.

Ao mesmo tempo, enviou uma mensagem à região, especificamente ao Líbano, onde as tropas israelitas continuam uma ofensiva terrestre contra os milicianos do grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.

Hoje de manhã, as tropas israelitas continuaram a bombardear diferentes pontos da Faixa de Gaza, causando novas vítimas mortais, incluindo várias crianças, segundo a agência noticiosa oficial palestiniana, Wafa.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel em outubro de 2023 que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Yahya Sinouar é apresentado como sendo o mentor dos ataques de 07 de outubro de 2023 e era o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

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