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Artigo de Opinião

18/10/2024 08:00

Numa sociedade onde as pessoas estão cada vez mais cansadas e isoladas, sem lhes estar garantido direitos básicos, como habitação digna, saúde e educação de qualidade, oportunidades de emprego e condições laborais, a desinformação e os discursos de ódio propagam-se mais rápido e de forma mais perigosa que o COVID.

O PAN apresentou e levou à discussão uma proposta na ALRAM para a disponibilização de pelo menos UMA casa-de-banho neutra nas escolas da Região. A proposta não era sobre casas-de-banho, mas sim direitos sociais, políticas públicas pela igualdade e não discriminação e liberdade individual.

E não se faça confusões, continuaria a haver casas-de-banho para raparigas e casas-de-banho para rapazes e cada qual poderia continuar a escolher qual pretende frequentar.

O PAN com esta proposta falou também de bullying, um problema estruturante na nossa sociedade, assinalado esta semana com uma campanha nacional intitulada “Bullying é para os fracos”. Mas numa sociedade cada vez mais doente, há cada vez mais fracos e não é só nas escolas.

Na política tal como na vida, não deveria ser necessário sentirmos na pele para defendermos matérias que afetam pessoas. É lamentável que seja mais fácil cuspir ódio nas redes sociais em vez de usar esse tempo para tentar compreender. As pessoas estão presas à sua própria realidade, preferindo viver numa bolha em vez de ter a coragem de arregaçar mangas e contribuir com algo positivo.

Há uns tempos atrás, o PAN na mesma semana submeteu uma audição parlamentar para averiguar responsabilidades no caso do lince, solicitou o auto da notícia e o relatório da necropsia e evocando artigos do nosso regimento e do próprio regime jurídico das comissões de inquérito, propôs que se garantisse a representação de todos os partidos na formação do grupo de trabalho da Comissão de Inquérito sobre os Incêndios. Apesar de tudo isso, alguns órgãos preferiram ridicularizar uma proposta do PAN, também submetida nessa semana para a criação de um santuário para animais selvagens, uma lacuna na Região. Talvez por ter sido ainda no rescaldo de o PAN ter feito aprovar pela primeira vez um voto de pesar a um animal, situação que ainda choca muita boa gente.

Mais recentemente, um “aparato” em torno de um pedido do PAN para adiamento dos plenários do dia 16 e 17 de outubro. Um pedido feito a 17 de setembro, um mês atrás, sendo um direito contemplado no Estatuto Político-Administrativo, autorizado pelo Presidente da Assembleia e dado conhecimento a todos os partidos políticos. Já tantos outros partidos e deputados pediram anteriormente, muitos sem ter que justificar publicamente onde iam e o que iam fazer. Até hoje ninguém sabe e ninguém questionou.

Há semana passada discutiu-se também uma proposta de gestão do fluxo turístico, embora vaga, vai ao encontro do que o PAN anda a defender publicamente há meses e que inclusive fez parte das negociações do ORAM24. Ficou previsto se iniciar um estudo para que se possa criar mecanismos de controlo de entrada nos percursos pedestres, inclusive com a utilização de QRCODE e a aposta em transportes coletivos evitando o excesso de fluxo automóvel. Sim, uma proposta do PAN. As prioridades parecem de facto trocadas, mas não é quanto ao trabalho realizado pelo partido que represento.

O PAN continuará não só a defender a causa animal, fazendo aprovar as suas medidas, como a as causas social e ambiental, num projeto integro e sustentável e continuando a dar voz às minorias por muito que isso melindre as maiorias.

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