O Presidente da República esteve hoje na Irlanda para um encontro de trabalho com o seu homólogo, Michael Higgins, que lhe transmitiu condolências pela morte de cinco militares da GNR na queda de um helicóptero no Douro.
Marcelo Rebelo de Sousa “esteve hoje na República da Irlanda, a convite do Presidente Michael Higgins, que, nesse ensejo, transmitiu as condolências pela trágica perda de cinco militares da GNR no Douro, pedindo que as fizesse chegar às famílias e amigos das vítimas”, lê-se numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
O chefe de Estado comunicou em 08 de agosto por carta ao parlamento que tencionava deslocar-se a Dublin, na Irlanda, “para um encontro de trabalho com o Presidente irlandês”, em 27 desse mês.
Depois, Marcelo Rebelo de Sousa adiou este encontro para hoje, “em função das razões conhecidas do sismo” ocorrido em Portugal no dia anterior a essa deslocação.
Na passada sexta-feira, 30 de agosto, um helicóptero de combate a incêndios florestais caiu no rio Douro, transportando um piloto, que foi resgatado com vida, e uma equipa de cinco militares da GNR, da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS), que morreram neste acidente.
Em outubro de 2022 Marcelo Rebelo de Sousa realizou uma visita de Estado de dois dias à Irlanda, a convite do seu homólogo irlandês, Michael Higgins.
Há 23 anos que um Presidente português não visitava oficialmente a Irlanda. O último tinha sido Jorge Sampaio, em 1999, também em visita de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa e Michael Higgins têm-se cruzado em encontros do Grupo de Arraiolos, que reúne chefes de Estado europeus sem poderes executivos.
Michael Higgins, Presidente da Irlanda desde novembro de 2011, esteve em Portugal em visita de Estado entre 09 e 10 de dezembro de 2015, quando Aníbal Cavaco Silva era Presidente da República.
O assentimento da Assembleia da República às deslocações do chefe de Estado é uma formalidade imposta pela Constituição, que estabelece que o Presidente da República não pode ausentar-se do território nacional sem autorização do parlamento.