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Médio Oriente: Cerca de 160 mil crianças já vacinados contra a poliomielite em Gaza

Data de publicação
03 Setembro 2024
9:15

Dois dias após o início da campanha de vacinação contra a poliomielite em Gaza, 158.992 crianças receberam a primeira dose contra o vírus, que ressurgiu na Faixa com um caso confirmado até agora, anunciou o Ministério da Saúde.

“A campanha de vacinação de emergência contra a poliomielite prossegue na província central (Gaza) pelo segundo dia consecutivo, com uma grande participação dos cidadãos”, declarou o Ministério da Saúde na segunda-feira à noite.

O objetivo de vacinação das organizações responsáveis pela campanha - a OMS, a agência da ONU para os refugiados (UNRWA) e a UNICEF - era de cerca de 157.000 crianças no centro de Gaza e, a dois dias do fim do processo nesta parte do enclave, esta meta já foi ultrapassada.

No total, o objetivo é vacinar cerca de 640.000 crianças com menos de 10 anos em todo o enclave e aumentar a taxa de vacinação para 95% - depois de ter caído para 89% em 2023, devido à guerra.

A porta-voz da OMS, Bisma Akbar, disse à agência noticiosa espanhola EFE que não houve incidentes de segurança durante os dois dias, referindo-se às pausas humanitárias acordadas com o exército entre as 06:00 e as 14:00 para que os habitantes de Gaza possam ir em segurança e à luz do dia receber a primeira dose da vacina.

A campanha, que está a entrar no seu terceiro dia consecutivo no centro de Gaza, continuará até quarta-feira nesta zona e deslocar-se-á para o sul na quinta-feira.

Prevê-se que se prolongue por mais quatro dias no sul antes de chegar finalmente ao norte da Faixa.

A vacina contra a poliomielite, que está a ser administrada por gotas orais, consiste em duas doses, pelo que as organizações humanitárias e o exército preveem organizar uma segunda ronda de imunização para o final de setembro.

Gaza esteve livre do vírus durante 25 anos até que, a 16 de agosto passado, o Ministério da Saúde palestiniano registou um caso da doença num bebé de 10 meses, nascido pouco antes do início da guerra, que não tinha sido vacinado.

As autoridades do enclave atribuem este ressurgimento às más condições em que vive a população por causa da guerra, desde superlotação à escassez de água e produtos de higiene e à convivência com esgotos.

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