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Médio Oriente: Negociações de paz sobre Gaza “construtivas” e retomadas na próxima semana

Data de publicação
16 Agosto 2024
17:36

As discussões sobre um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza serão retomadas no Cairo na próxima semana, após 48 horas de negociações “construtivas” em Doha, segundo um comunicado conjunto dos mediadores.

Washington anunciou ter apresentado uma nova proposta de compromisso, apoiada pelo Egito e pelo Qatar, com o objetivo de “preencher as restantes lacunas” e que diz respeito à implementação de um acordo entre Israel e o Hamas, de acordo com a Casa Branca.

As negociações são mediadas por Egito, Qatar e Estados Unidos, procurando obter a libertação dos reféns israelitas sequestrados em 07 de outubro pelo Hamas e que ainda estejam vivos, além da entrada de ajuda humanitária para a população civil em Gaza; enquanto o Hamas exige a retirada completa das tropas de Israel e um cessar-fogo definitivo.

Os três países mediadores consideram que os dois dias de negociações que acabam de decorrer em Doha foram “construtivos” e decorreram num “atmosfera positiva”.

Washington apresentou na sexta-feira uma nova proposta de compromisso, apoiada pelo Egipto e pelo Qatar, de forma a “preencher as restantes lacunas” relacionadas com a “implementação” de um acordo entre Israel e o movimento palestiniano Hamas, segundo o comunicado de imprensa emitido pela Casa Branca.

Esta proposta americana baseia-se num guião apresentado pelo Presidente Joe Biden no final de maio, que prevê várias fases para a cessação das hostilidades e a libertação dos reféns raptados.

“Altos funcionários dos nossos governos deverão reunir-se no Cairo antes do final da próxima semana com o objetivo de chegar a um acordo”, refere comunicado da Casa Branca.

Contudo, o Hamas já mostrou a sua insatisfação com o que foi discutido nas negociações de Doha para um cessar-fogo em Gaza, garantindo que o que puderam aprender das conversações foi que não existe ainda “um compromisso com o que foi acordado a 02 de julho”, referindo-se à proposta original apresentada pelos Estados Unidos.

Pouco depois de anunciar o fim da reunião na capital do Qatar, o Hamas emitiu um breve comunicado exigindo mais uma vez a aplicação da proposta original de cessar-fogo.

O Hamas não enviou uma delegação a Doha precisamente para exigir a implementação do que foi previamente acordado, “em vez de continuar com novas rondas de negociações”.

A comunidade internacional está a pressionar as partes para que cheguem a um acordo de cessar-fogo, com o objetivo também de diminuir as tensões no Médio Oriente, agravadas pela morte do líder do Hamas Ismail Haniyeh, num atentado em Teerão - que o Irão e o movimento palestiniano atribuíram a Israel -, e pelo ataque israelita em Beirute que matou o “número dois” da milícia xiita Hezbollah, Fuad Shukr.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

As negociações em Doha foram retomadas no dia em que o número de mortes na Faixa de Gaza em resultado da ofensiva israelita ultrapassou os 40 mil, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.

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