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Médio Oriente: PM britânico defende decisão de suspender entregas de armas a Israel

Data de publicação
04 Setembro 2024
17:31

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, defendeu hoje no Parlamento como decisão legal e não política a suspensão pelo Governo de algumas entregas de armas a Israel depois de já terem sido suspensas licenças de exportação.

“Continuaremos a defender o direito de Israel a defender-se, mas é importante que sejamos um Estado comprometido com o direito internacional”, respondeu Starmer quando questionado pelo líder da oposição e antigo primeiro-ministro Rishi Sunak.

“É um assunto difícil, reconheço-o, mas trata-se de uma decisão jurídica, não política”, acrescentou o líder do governo, argumentando que o “quadro legal é claro” e com a análise das licenças de exportação de armas”, chegou-se a uma “conclusão legal clara”.

O governo israelita, a comunidade judaica britânica e a oposição conservadora tem criticado o anúncio feito há dois dias da suspensão de cerca de 30 licenças de exportação de armas para Israel, de um total de 350.

A decisão teve por base as conclusões de uma análise jurídica que considerou existir “um risco” de as armas serem utilizadas em violação do direito humanitário internacional no conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, declarou-se “profundamente desiludido” com a decisão, que confirma um endurecimento da posição do novo governo trabalhista em relação a Israel e um ligeiro distanciamento do seu aliado norte-americano.

Os aliados do Reino Unido “compreendem” a decisão, garantiu Keir Starmer, confirmando que tinha informado previamente os Estados Unidos e Israel.

Porém, na terça-feira o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, declarou que “neste momento, os Estados Unidos não estabeleceram que (Israel) violou o direito humanitário internacional”.

Desde que tomou posse, no início de julho, o governo trabalhista tem repetido os apelos, como o seu antecessor conservador, ao cessar-fogo imediato, à libertação de todos os reféns e à aceleração da ajuda humanitária a Gaza.

Mas retomou o financiamento da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), acusada por Israel de empregar “mais de 400 terroristas” em Gaza, e decidiu não contestar o pedido de mandado de captura internacional contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, junto do Tribunal Penal Internacional.

O exército israelita lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza após os ataques de 07 de outubro perpetrados pelos islamitas palestinianos do Hamas, que provocou cerca de 1.200 mortos e quase 250 reféns.

Até ao momento, a ofensiva em Gaza provocou mais de 40.800 mortos, segundo as autoridades locais, controladas pelo Hamas, além de 680 mortes na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

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