A Venezuela encerrou hoje a sua fronteira com a Colômbia por três dias, alegando uma “conspiração internacional” poucas horas antes da posse do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para um terceiro mandato consecutivo.
“Temos informações sobre uma conspiração internacional para perturbar a paz dos venezuelanos”, declarou Freddy Bernal, governador do estado de Táchira, que faz fronteira com a Colômbia.
“Vamos ordenar, por instruções do Presidente Nicolás Maduro, o encerramento da fronteira com a Colômbia”, disse Bernal.
O encerramento entrou em vigor a partir das 05:00, no horário local (09:00 em Lisboa), até à mesma hora de segunda-feira, referiu o governador.
O governador apelou à compreensão daqueles que possam ser afetados, especialmente dos que atravessam a fronteira diariamente.
“Tenham a certeza que temos o controlo absoluto do estado e garantiremos a tranquilidade e a paz de todo o povo (...) em qualquer circunstância”, enfatizou Bernal, num vídeo divulgado pelo seu gabinete nas redes sociais.
O Presidente Nicolas Maduro assume hoje o seu terceiro mandato presidencial, apesar da contestação da oposição venezuelana, que afirma ter ocorrido fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho.
Segundo a oposição, o vencedor das eleições foi o candidato Edmundo González Urrutia. A comunidade internacional exigiu que as autoridades eleitorais venezuelanas apresentassem as atas das assembleias de voto, o que não aconteceu.
Vários países reconheceram Edmundo González como o Presidente eleito da Venezuela, como os Estados Unidos, a Argentina e o Uruguai.
Outras nações não reconheceram a vitória de Maduro e continuaram a exigir a apresentação das atas eleitorais. Entretanto, as autoridades eleitorais da Venezuela – que seriam controladas pelo Governo, segundo a oposição – declararam Maduro como o vencedor do sufrágio.