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Violência contra mulheres no Reino Unido é uma ameaça comparável ao terrorismo

Data de publicação
23 Julho 2024
14:35

A violência contra mulheres e raparigas atingiu “níveis epidémicos” no Reino Unido e a polícia está a tratá-la como uma ameaça comparável ao terrorismo, afirmaram hoje as autoridades policiais britânicas.

Mais de um milhão de crimes violentos contra mulheres e raparigas foram registados pela polícia do Reino Unido entre 2022 e 2023, o que representa 20% de todos os crimes registados no país, segundo um novo relatório encomendado pelo Conselho Nacional de Chefes de Polícia e pelo Colégio de Policiamento.

Pelo menos uma em cada 12 mulheres por ano será vítima de crimes, incluindo crimes sexuais, violação, perseguição, assédio ou abuso sexual na Internet, de acordo com as estimativas do relatório, pensando-se que o número exato seja muito mais elevado devido aos crimes que não são relatados.

Um em cada seis homicídios esteve relacionado com violência doméstica no mesmo período.

“A violência contra as mulheres e as raparigas é uma emergência nacional”, afirmou Maggie Blyth, vice-chefe da polícia britânica, em comunicado, acrescentando que é necessário uma consciência social para “não aceitar mais a violência contra as mulheres e as raparigas como inevitável”.

Na mesma nota informativa, Blyth frisou que os dados são “surpreendentes” e crescem em escala e complexidade a cada ano, com este tipo de crime a aumentar 37% de 2018 a 2022.

No ano passado, o Governo britânico classificou a violência contra as mulheres e as raparigas como uma ameaça nacional à segurança pública, e as forças policiais foram instruídas a dar prioridade à resposta a esta questão da mesma forma que dão ao terrorismo e ao crime organizado grave.

O relatório referiu que, no ano passado, milhares de agentes da polícia receberam formação para investigar violações e crimes sexuais graves.

Mas, segundo admitiu Maggie Blyth, este passo ainda não é suficiente e pediu mais apoio do Governo para fazer face a um sistema de justiça criminal que está “sobrecarregado” e “com um desempenho insuficiente para as vítimas”.

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