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Violência e sangue em Moçambique

Multiplicam-se as reações políticas e populares sobre as causas da morte do advogado moçambicano Élvio Dias e de Paulo Guambe. A Polícia da República de Moçambique fala em “assuntos conjugais”, todavia alguns analistas entendem que este óbito não passa de uma “tentativa de silenciar” o povo e não é dissociável do processo eleitoral.

O causídico moçambicano e o mandatário do PODEMOS foram assassinados às 23h20 da passada sexta-feira numa rua do bairro de Malhangalene, Maputo, fazendo com que os moçambicanos acordassem no dia seguinte hoje em choque com o assassinato do advogado do candidato presidencial, Venâncio Mondlane, e do mandatário do partido político da oposição PODEMOS, Paulo Guambe.

A polícia moçambicana confirmou ao final da manhã do último sábado que a viatura em que seguiam os dois cidadãos foi alvo de uma emboscada e que um terceiro ocupante sofreu ferimentos.

Consta que as vítimas foram abordadas e bloqueadas por dois automóveis ligeiros de onde saíram indivíduos empunhando armas de fogo que, ato contínuo, dispararam sobre as vítimas.

Albino Forquilha, presidente do partido PODEMOS, disse que Elvino Dias e Paulo Guambe foram assassinados por motivos políticos.

Forquilha, falando à comunicação social no local onde foi consumado o duplo assassinato, desmentiu a versão da polícia afirmando que os responsáveis usaram armas do tipo AK47 e avançou que estes assassínios ocorridos não diferem do que aconteceu em 2019, ano em que o ativista Anastácio Matável foi morto a tiro por um grupo composto por elementos das forças policiais nas vésperas de eleições gerais, concluiindo, que são pessoas do nosso sistema comandados pela Frente de Libertação Nacional (Frelimo).

Ossufo Momade, presidente da RENAMO, em nota assinada pelo próprio, manifestou o repúdio do partido face a este ato de violência brutal que resultou na perda irreparável de dois cidadãos que, de forma distinta, contribuíram para a promoção do Estado de Direito Democrático em Moçambique.

Advogados moçambicanos juntaram-se, no passado sábado, no local onde o colega de profissão Élvio Dias foi assassinado. Nas ruas, a polícia tem reprimido manifestações.

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