O Presidente da República disse hoje ter a expectativa de ficar a conhecer esta sexta-feira o nome proposto pelo Governo para suceder a Lucília Gago no cargo de Procurador-Geral da República.
Em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões à porta do Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse que se reunirá com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, entre o fim da manhã e o início da tarde.
“Espero ter hoje conhecimento” de um nome, disse Marcelo Rebelo de Sousa, após questionado sobre o futuro Procurador-Geral da República.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “as pessoas acham que há uma espécie de tômbola de nomes, mas não”, referindo que “há um processo que é feito pelo Governo ao longo do tempo até apurar um nome”.
“Pode ser um nome, podem ser dois nomes, podem ser três nomes, mas normalmente é um nome. E apresenta-o à Presidência da República. E se o Presidente da República concordar ou não encontrar argumentos contra aquilo que são os argumentos do Governo, aceita”, disse o chefe de Estado.
O Presidente assumiu ainda que tem a expectativa que este seja “um processo rápido” e que seja divulgado um nome ainda este fim-de-semana.
“Estou otimista que seja um processo rápido. Agora se é hoje, se é amanhã, se é depois de amanhã, quanto mais depressa, melhor, porque depois, no caso do presidente do Tribunal de Contas, estamos muito em cima do prazo, que é dia 4. Do procurador, é mais longo, é mais uma semana, é dia 11. Espero que seja rápido”, acrescentou.
Marcelo reiterou que mantém uma ideia de qual deve ser o perfil do sucessor de Lucília Gago, mas sublinhou que “o que importa é a proposta do primeiro-ministro”.
Em dia de encontro entre o primeiro-ministro e o líder do PS, Pedro Nuno Santos, o Presidente da República disse ainda que era possível que, talvez pela necessidade do nome ser “comunicado ou informado” ao secretário-geral socialista, a divulgação do novo PGR seja “um bocadinho mais tarde”.
Marcelo reiterou ainda o seu otimismo quanto à possibilidade de haver um acordo entre o Governo e o maior partido da oposição para fazer aprovar o próximo Orçamento do Estado, afirmando que a aprovação era um “mais um problema resolvido” para a Presidência e sublinhando o que diz ser uma preocupação de ambos de “de aproximação e descrispação” das relações.
“Veja como a oposição, em geral, e sobretudo o líder da oposição, se comportou, na matéria de fogos. Sempre com uma preocupação muito legítima e importante”, acrescentou.