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Médio Oriente: Pedro Nuno manifesta solidariedade a Guterres e repudia posição de Israel

Data de publicação
02 Outubro 2024
17:59

O líder do PS, Pedro Nuno Santos, repudiou hoje que Israel tenha declarado o secretário-geral da ONU ‘persona non grata’ naquele país, manifestando solidariedade e apoio a António Guterres “pela forma corajosa como tem defendido a paz”.

“Quero manifestar toda a minha solidariedade e apoio ao Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pela forma corajosa como tem defendido a paz e condenado todas as formas de violência no Médio Oriente”, pode ler-se numa publicação de Pedro Nuno Santos nas redes sociais.

O líder socialista lamenta e repudia as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, considerando que estas “atingem toda a ONU e não apenas o seu secretário-geral”.

Em causa está a posição tomada hoje pelo ministro israelita, Israel Katz, ao declarar o secretário-geral da ONU, António Guterres, ‘persona non grata’ (que não é bem-vinda) no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira.

“A escalada de violência tem de terminar e deve ser estabelecido um plano para a paz e para o reconhecimento internacional de um estado palestiniano, no quadro da solução dos dois Estados”, apelou o líder do PS.

Pedro Nuno Santos apela ainda a uma reação oficial do governo português, o que aconteceu minutos antes desta publicação também através das redes sociais.

O Governo português instou Israel a “reconsiderar a decisão” de declarar o secretário-geral das Nações Unidas “persona non grata”, que lamentou “profundamente”, defendendo a “missão indispensável” de António Guterres para garantir o diálogo e a paz.

O secretário-geral das Nações Unidas já reagiu às críticas de Israel, afirmando ter condenado implicitamente o regime iraniano numa declaração divulgada na noite de terça-feira.

“Tal como fiz em relação ao ataque iraniano de abril, e como deveria ter sido óbvio que fiz ontem [terça-feira] no contexto da condenação que expressei, condeno veementemente o ataque massivo com mísseis do Irão contra Israel”, sublinhou Guterres durante uma reunião do Conselho de Segurança hoje realizada na ONU.

O Governo do Irão lançou, na noite de terça-feira, cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelo assassinato do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.

As Forças de Defesa de Israel disseram que a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos e Washington garantiu que vai colaborar com Telavive na resposta a Teerão.

O bombardeamento iraniano foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.

Na sequência do ataque iraniano, Israel pediu na terça-feira à noite uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, algo que o Irão também tinha solicitado no sábado, após uma vaga de ataques israelitas contra o sul do Líbano.

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