O presidente da IL, Rui Rocha, acusou hoje o Governo PSD/CDS-PP de ter perdido a vontade de privatizar a TAP e antecipou que os liberais vão “ter de liderar” este tema.
No primeiro discurso na VIII Convenção Nacional da IL, em Santa Maria da Feira, Aveiro, Rui Rocha recordou os principais marcos políticos da vida do partido e defendeu que um dos aspetos mais importantes foi “a capacidade que a IL teve de liderar assuntos fundamentais para a sociedade portuguesa” como a questão do crescimento económico ou da necessidade de baixar impostos.
“Liderámos na dimensão das empresas públicas, por exemplo da TAP e, surpreendentemente, porque este Governo em funções atualmente se apresentou com o propósito de privatizar a TAP, dá-me ideia de que vamos ter de liderar outra vez porque perderam a vontade de privatizar a TAP e nós vamos continuar a insistir que é preciso privatizar a TAP”, assegurou
Outro dos aspetos que o presidente da IL reclamou ter sido liderado pelo partido tem a ver com a visão para a saúde.
“Parte de uma população em Portugal está refém de uma solução política para o SNS que diz: tens que sofrer primeiro e só depois de sofreres é que podes ter acesso à saúde. É absolutamente inaceitável”, acusou.
Sob o lema “Sempre a Crescer”, o partido reúne até domingo a sua VIII Convenção Nacional no Europarque, em Santa Maria da Feira, para a qual estão cerca de 1.000 membros inscritos, divididos em formato presencial e remoto.
Nesta reunião magna não eletiva serão aprovados estatutos e programa político.
Um dos temas que divide a atual direção e a oposição é precisamente a alteração dos estatutos, em relação à qual haverá duas propostas em discussão e em votação pelos liberais: uma apresentada pelo Conselho Nacional da IL e uma outra dos opositores internos.
No caso da proposta de alteração de estatutos apresentada pelo Conselho Nacional da IL está prevista a criação da Mesa do Conselho Nacional, um novo órgão, e que a Comissão Executiva passe a ter o poder de aprovar as candidaturas a eleições.
Já a da oposição interna, apresentada pela iniciativa “Estatutos + Liberais”, e assinada por 211 membros entre os quais Tiago Mayan Gonçalves, propõe uma alteração dos estatutos que prevê uma maior descentralização do partido, com mais poderes deliberativos para os núcleos territoriais, e menos poderes para a Comissão Executiva.