Voltaram a ser registados casos de tentativa de burla através de mensagens rápidas, nomeadamente a conhecida ‘Olá pai, olá mãe’.
No mês passado, a Polícia Judiciária (PJ) desmantelou uma estrutura que criava milhares de burlas informáticas “olá pai, olá mãe” e deteve um homem suspeito dos crimes de burla qualificada, associação criminosa e branqueamento de capitais.
Em comunicado, a PJ explicou na altura que na sequência da denúncia, recebida em janeiro, o Departamento de Investigação Criminal de Leiria fez diligências que permitiram “identificar coincidências e apensar mais sete inquéritos, notando-se a utilização massiva de números de telemóveis irrepetíveis, de operadoras nacionais, para a prática deste tipo de ilícito, o que espoletou alertas e obrigou ao recurso a meios especiais de obtenção de prova”.
De acordo com a PJ, além do detido, cidadão estrangeiro de 38 anos, foram ainda constituídas arguidas a mulher e filha daquele.
A PJ acreditou que, com esta operação, seria interrompida “a consumação, em território nacional e no estrangeiro, de milhares de burlas informáticas”, mas o facto é que os casos não se ficam por aqui, como evidenciam as mensagens relatadas ao Jornal.
Como evitar ser apanhado?
Têm sido vários os alertas divulgados pelas autoridades tendo em conta o número crescente de denúncias devido a este tipo de burla, mas o facto é que, com a agravante de que os criminosos têm mesmo associado foto e/ou nome às mensagens endereçadas aos supostos familiares, qualquer pessoa corre o risco de ser enganada. Nesse sentido, a Polícia Judiciária já alertou os cidadãos para, “em momento algum, satisfazerem pedidos via WhatsApp ou outras plataformas de comunicação similares, sem confirmação prévia dos familiares, em nome de quem são feitas as solicitações, de transferências de dinheiro.”
A PJ recomenda, ainda, que “quando confrontado com algo do género, o cidadão tente fazer uma chamada de voz para o número, por forma a despistar uma eventual tentativa de burla.”