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Artigo de Opinião

27/07/2024 08:00

A nossa Diáspora é o principal ativo madeirense no mundo. Na Região somos 260 mil, mas somos mais de 1,5 milhões de madeirenses e seus descendentes, que perpetuam a nossa identidade cultural, honram a nossa história e o nosso património.

No XV Governo Regional, o grande objetivo para a Direção Regional, que irei assumir, é dar continuidade ao trabalho que tão bem foi desenvolvido pelo anterior Diretor Regional, Rui Abreu, cujo legado não será esquecido pelas nossas comunidades.

É nossa ambição manter o contacto permanente com as comunidades madeirenses, promovendo o empoderamento assente na sua importância social, cultural, promocional e económica.

As nossas gentes a viver no estrangeiro são mesmo o nosso maior ativo! A identidade cultural, de que essas comunidades são simultaneamente herdeiras e guardiães, assenta na preservação da língua, da cultura, das tradições e dos valores madeirenses, razões pelas quais pretendemos continuar a apoiar essas manifestações, bem como desenvolver políticas ativas que o garantam.

E, porque apenas teremos comunidades se conseguirmos aproximar e interessar os lusodescendentes para esse legado e essa herança identitária madeirense, serão continuados os projetos já em curso e serão encetados outros com o mesmo objetivo, ou seja, captar e cativar os jovens para as comunidades e para o movimento associativo.

Tradicionalmente, a Madeira foi uma Região de emigração. Na balança migratória, durante séculos, fomos território de partida. Com a chegada da Autonomia e o consequente desenvolvimento económico-social, o panorama sociológico das migrações alterou-se. Hoje, a emigração estancou e recebemos mais imigrantes, fenómeno que se intensificou de forma constante nos últimos quatro anos, em que o saldo se inverteu definitivamente, fruto do sucesso económico e do crescimento que se tem registado.

Além disso, a Região também é um porto de abrigo para emigrantes e luso-descendentes que retornam à terra natal, reestabelecendo-se, formando famílias e investindo na Região.

É, por isso, essencial aprofundar o trabalho do governo anterior, desenvolvendo medidas que facilitem a integração, em termos de informação, educação, proteção social, integração no mercado de trabalho e apoio ao investimento.

E porque há uma série de desafios inerentes a esta alteração sociológica e demográfica, terão de ser promovidas adequadas políticas de acolhimento, de antidiscriminação e de promoção de igualdade, bem como de inclusão identitária.

Também é crucial que a Região aproveite as competências desses migrantes, seja no nível das habilitações académicas e conhecimentos que trazem, seja no empreendedorismo, dinâmica e capacidade de investimento. É, igualmente, fundamental empoderar estes quadros, garantindo-lhes os mesmos direitos políticos e de cidadania que são concedidos aos residentes.

Mas como esta Direção Regional tem, igualmente, a cooperação externa, é nosso objetivo fortalecer, agilizar e potenciar as geminações já estabelecidas e estudar outras, no sentido de continuar uma cooperação ativa, com vista a garantir um verdadeiro multiculturalismo, com evidentes benefícios para a promoção da afirmação da identidade madeirense, a promoção turística, a captação de investimento estrangeiro e, ainda, a internacionalização do tecido empresarial madeirense.

Continuaremos a ser uma Direção Regional focada nas pessoas, sempre de portas abertas, prestando um serviço de proximidade, procurando garantir a perpetuação da ‘Madeirensidade’ no mundo. Da mesma forma, manteremos o nosso empenho em acolher, proteger, integrar e promover todos aqueles que encontram na Região um porto de abrigo, para viver, trabalhar e para constituir família!

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