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Artigo de Opinião

Vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz

6/06/2024 08:00

É inevitável que as eleições legislativas regionais do passado domingo, 26 de maio, não sejam o tema deste artigo. Inevitável pelos resultados que ainda, e apesar das suspeitas em curso, deram a vitória aos mesmos, mas também inevitável pelas surpresas que já anunciam uma mudança em curso e que apenas precisa de tempo para a sua maturação e concretização. Falo, como é óbvio, do excelente resultado obtido pelo JPP, um jovem partido nascido de um movimento de cidadãos e que está a fazer um percurso ascendente e a ganhar, aos poucos, e de forma sustentada, a confiança dos madeirenses.

Como vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz e como presidente da concelhia do JPP no mesmo concelho, sinto-me, antes de mais, honrada pelo resultado obtido em Santa Cruz, onde pela primeira vez, em eleições regionais, conseguimos uma maioria absoluta e a vitória em todas as freguesias. Estes números revelam a validação inequívoca por parte dos santacruzenses do projeto em curso nesta autarquia há já 10 anos, mas revelam também o crescente apoio da população a uma forma diferente de fazer política, com projetos válidos, com trabalho empenhado e com responsabilidade e seriedade. Sinto orgulho nesta população que soube arriscar e escolher diferente em 2013 e que continua a legitimar a escolha que fez. E este sentir da nossa população cada vez mais extravasa as fronteiras de Santa Cruz e transforma-se num movimento regional, que olha para o que aqui se faz e sente que poderíamos ser uma solução mais abrangente.

Se esta vontade de mudar ainda não é suficiente para uma mudança plena, todos sabemos que se deve, por um lado, à rede clientelar montada há quase 50 anos, que cria dependências e falsos medos que são os mais difíceis de alterar. Muito embora os mais lúcidos já comecem a perceber que as mudanças políticas não têm de assustar e que, ao contrário de ameaças veladas por parte dos que detêm o poder há quase meio século, um concelho que decidiu mudar, como foi o caso de Santa Cruz, não foi vítima de qualquer anunciado fim do mundo, nem ninguém ficou prejudicado. Muito pelo contrário, Santa Cruz tem hoje o que nunca teve e cada vez mais se afirma na sua individualidade e nas suas potencialidades.

A mudança também não é ainda plenamente concretizada graça aos partidos tradicionais da oposição, que sempre montaram estratégias que obedecem mais a projetos de poder individual dos líderes e dos seus seguidores e menos a projetos sustentados e sustentáveis de mudanças que venham a beneficiar esta Região e quem aqui vive.

Creio que em Santa Cruz e na Assembleia Legislativa da Madeira, o JPP tem vindo a cimentar um projeto político diferente, uma forma distinta de estar, com algumas dores de crescimento, mas, ainda assim, com uma atitude e trabalho diferenciadores.

Agora, é continuar o trabalho com o mesmo empenho e responsabilidade. Temos um governo minoritário e, em democracia, nenhuma catástrofe nasce desta circunstância. Muito pelo contrário, esta nova conjuntura exige de todos responsabilidade, abertura, diálogo e o compromisso de escolher e aprovar sempre o que é melhor para os madeirenses e para a Madeira. Creio que se assim fizermos, a Democracia torna-se mais perfeita e a mudança em curso será irreversível.

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