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Artigo de Opinião

Economista

14/01/2022 08:00

Numa altura que tanto se discute a votação de dia 30 de janeiro para as eleições legislativas, perdemos uma vez mais uma excelente oportunidade para implementarmos a eleição eletrónica e o voto por via eletrónica.

No nosso dia a dia, já poucas são as coisas que não fazemos por via eletrónica, confiamos a nossa vida, os nossos dados pessoais e as nossas transações eletrónicas à tecnologia, mas temos receio de implementar a votação eletrónica, por não ser segura.

O voto eletrónico online é um processo mais democrático, uma vez que mais pessoas têm acesso à possibilidade de exercer o seu direito de voto.

Com o voto online conseguimos diminuir consideravelmente a abstenção, acredito que com uma menor taxa de abstenção o resultado da votação representa melhor a escolha do universo total dos eleitores.

Nestas próximas eleições, corremos o sério risco de ter a mais elevada taxa de abstenção, e tal situação só irá trazer menos justiça aos resultados eleitorais.

Vivemos numa civilização onde não questionamos a fiabilidade das transações comerciais e das transações bancárias. Todos os dias utilizamos plataformas como o home banking, o Mbway, o Mbnet, o Portal das Finanças, o Portal da segurança Social, lojas online, entre muitas outras plataformas e formas de transações eletrónicas.

Utilizamos todas estas plataformas, que referi e não questionamos a sua fiabilidade e segurança das transações, mas continuamos a questionar o voto eletrónico.

Nas sociedades mais desenvolvidas, assiste-se a um aceleramento da digitalização de todas as dimensões da vida dos cidadãos. A pandemia contribuiu enormemente para esta revolução digital, mas mesmo assim ainda não foi capaz de implementar o voto eletrónico.

Uma das principais vantagens do voto eletrónico é o facto de poder ser realizado a partir de qualquer parte do mundo. Não tenho dados disponíveis, mas esta flexibilidade deverá aumentar a participação dos eleitores e reduzir a abstenção.

O voto eletrónico, para além de aumentar a participação dos cidadãos, no processo eleitoral, trazendo mais justiça e credibilidade ao apuramento dos resultados, permite ainda uma redução de custos que o mesmo representaria e a possibilidade de oferecer aos jovens outra forma de participação eleitoral e permitiria aos portugueses residentes no estrangeiro a possibilidade de exercer o seu direito de voto.

O atual sistema precisa urgentemente de ser alterado, pois o mesmo afasta cada vez mais as pessoas do ato de votar.

A verdade é que ainda não será desta que vamos poder votar por via eletrónica e por isso, com covid, ou sem ele o que se pede aos portugueses é uma vez mais um sentido de responsabilidade e de missão na defesa da sua pátria, exercendo o direito ao seu voto.

Por cá pela nossa Madeira, o que se precisa ter em conta, é que estas eleições são para elegermos os defensores e guardiões da nossa Autonomia, e precisamos dos verdadeiros autonomistas e defensores do povo da Madeira no parlamento nacional.

Temos vários temas e dossiers pendentes com a república, mas temos 3 "bandeiras" como é a revisão da lei das finanças, a revisão do estatuto político-administrativo da RAM e a revisão da constituição, para debater e defender.

A Autonomia Regional, não pode servir para o Estado deixar de cumprir com a constituição, e não pode servir para abandonar os portugueses residentes nas regiões autónomas, desresponsabilizando-se das suas obrigações.

Somos pelo reforço da Autonomia Regional, e somos pelo reforço de sermos portugueses.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
19/12/2024 08:00

O final de cada ano traz consigo um momento único de reflexão, um convite à pausa no tumulto dos dias para revisitar memórias recentes, reconhecer as dádivas...

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