Para Março, já aqui escrevi as questões que o Povo Madeirense devia exigir respondidas por todos os líderes partidários nacionais.
E como o meu Partido é a Madeira, o PSD um meio de realizá-La, estou-me “nas tintas” que não gostem deste DESAFIO a essa gente.
Hoje, apresento a situação em que Portugal se encontra.
Para nos permitir as nossas próprias propostas de mudança.
E para decidirmos nas urnas.
I - População.
Um quinto dos Portugueses vive fora do País. Na última década emigrou quase metade da população jovem com qualificações superiores. É como se vivêssemos em guerra.
A imigração para “compensar”, é maioritariamente sem qualificação e de cultura e de civilização diferentes.
A Saúde, em Portugal Continental, está num caos.
O Estado mantém um contencioso colonial com as Regiões Autónomas portuguesas, esquecido da História e minando a Unidade Nacional.
O “socialismo” tornou-se como que uma “religião oficial do Estado”, até por uma inexplicável retirada da Igreja, das Forças Armadas e das Universidades, em matéria de pedagogia ético-cívica.
Ou, então, o “socialismo” é vivido como se o PS fosse um clube de futebol!...
Em consequência, a ignorância cívico-cultural atribui ao “socialismo” o monopólio de regime democrático, pelo que chama “direita”, ou mesmo “fascismo” a tudo e a todos que não forem socialistas ou comunistas!
Muitas das “bases” socialistas são-no por oportunismo, pois trata-se de comunistas “envergonhados”.
II - Instituições.
Constituição desactualizada, terceiromundista e demagógica, teimosamente avessa à realidade de Portugal.
Estado centralista.
Vota-se em Partidos e não pessoalmente em Deputados. Trata-se de uma partidocracia e não de Democracia.
A única proposta de Reforma do Estado, pela via constitucional neste século, foi a do Parlamento da Madeira (2014), CHUMBADA SEM DISCUSSÃO!
Inflação de leis e de regulamentos ineficazes, à mercê das pressões da praça pública.
Situação cada vez mais perigosamente radicalizada mercê da provocada bipolarização pseudo “direita” / pseudo “esquerda”.
Os Partidos não fazem reformas, temendo impopularidades, além do poder que neste momento, a maçonaria exerce sobre os principais.
Relatórios internacionais consideram Portugal não ser uma “Democracia plena”, não só pela fraca qualidade das suas Instituições políticas, mas também por causa da situação que se vive no sector da Justiça, este a carecer de importantes reformas.
Os impostos são muito altos em relação à qualidade dos Serviços prestados pelo Estado.
As nomeações para cargos públicos de chefia são escolhidas de entre as respectivas clientelas partidárias. Não são considerados o Mérito, a Cultura e o Conhecimento técnico-científico.
Os Sindicatos estão gastos, rotineiros, sem criatividade, tornaram-se também um albergue para “tachos” de quem não trabalha. Logo, estão pouco atrativos, têm uma representatividade cada vez menor, lesaram os Trabalhadores por inconstitucionalmente se terem subordinado a Partidos políticos.
As chamadas “Entidades Reguladoras” estão politicamente controladas, servem para “tacho” e para erradamente desresponsabilizar os Governos e a Administração Pública, e para gastar dinheiro, tal como os “provedores” inúteis.
III - Educação
Os níveis de Educação em Portugal são baixos. Os mesmos relatórios internacionais que assim o dizem, apontam-nos como o País europeu com menor cultura geral e menos instrução em Conhecimento económico e financeiro.
A Formação Profissional e os Estágios profissionais estão absolutamente desactualizados quer em relação ao progresso científico, quer em relação ao progresso digital.
IV - Economia e Finanças
O socialismo levou-nos a duas bancarrotas!
Portugal tem das maiores percentagens mundiais de Dívida Pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Mais. Não só o Estado mas também as Empresas estão altamente endividadas. A taxa de poupança dos Portugueses - até por causa dos salários baixos - é das mundialmente piores. Nos últimos anos, muitos milhões do PRR não foram aplicados em Reformas estruturais que desenvolveriam Portugal dentro de pouco tempo. Algumas destas verbas foram até aplicadas indevidamente em despesas correntes, estas obrigação e responsabilidade do Orçamento anual do Estado (exemplos, combate a incêndios, instalação de equipamentos de ar condicionado, etc, etc.) só para denominadas “actividades culturais” (?...), que são despesas correntes, foram 300 milhões! Deram por isso?!... Os prazos estão a correr, arriscamos perder forte percentagem do PRR!
Ora, dos países com dimensão próxima de Portugal, fomos o que recebeu mais Fundos Europeus. No entanto, encontramo-nos atrás de todos esses outros Estados. Vemos práticas do Estado português que recusaram o Desenvolvimento Integral do País, só para continuarmos esmoleres, atrasados e vadios, a pedinchar tais Fundos. O problema é que os contribuintes dos outros países já estão a pressionar para a UE acabar com a “mama” ...
Entretanto a Produtividade em Portugal é baixa, não beneficia de incentivos racionais, nem os Sindicatos querem. E como o Sistema Fiscal português impede criar riqueza crescente, a injecção de Fundos Europeus também no sector privado geralmente não correspondeu a um aumento de Produtividade.
Porque “socialismo” é confundido com única opção democrática, o Pais foi sendo estatizado.
Pelo contrário, os países da Europa de leste ultrapassaram Portugal porque desestatizaram.
Pior. Até algumas privatizações em Portugal, traduziram-se suspeitamente em situações monopolistas ou oligopolistas de preços inadmissivelmente altos para o consumidor!
A excessiva dependência do Turismo, a não se alterar, provocará a continuidade de salários medíocres pois tecnicamente trata-se de um sector de Valor Acrescentado baixo.
V - Sociedade
Acumularam-se e agravaram-se as desigualdades.
A carência de Habitação é gravíssima, pois subsidiou-se quem já desfrutava, e não se fez Investimento Público para os que procuravam casa, nomeadamente os jovens que pretendem casar.
Portugal sendo, no mundo, dos países com maior protecção laboral, em consequência desequilibrou-se numa percentagem ernormíssima de contratos a prazo. Estes são um cumular crescente de injustiças, sobretudo sobre as gerações mais jovens.
E, a par, o Estado Social agoniza, enquanto se implanta o Estado assistencialista à mercê da compra de votos pelos políticos e da apropriação de benefícios públicos para interesses privados!
Tudo isto não só nos põe a divergir dos países da ex-cortina de ferro, como liquidou a Justiça Social.
Uma “igualdade “é tentada, mas nivelada por baixo através do arrasar e do proletarizar da Classe Média. Para a ideologia socialista e a sua conquista e manutenção do Poder, o ideal é as pessoas dependerem cada vez mais do Estado e ser anulada a “massa crítica” e pensante que a Classe Média representa.
Há que defender as Liberdades Democráticas contra um Estado que as ameaça!