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Artigo de Opinião

12/05/2021 08:00

Quase 50 anos depois, a 21 de Novembro de 1981, este duelo teria continuidade, com a benção de Enzo Ferrari. Os protagonistas foram Gilles Villeneuve, num Ferrari 126CK (chassis #58) e um avião F-104S 51-03, pilotado pelo tenente-aviador Daniele Martinelli. Desta vez, venceria o automóvel.

Quanto a Nuvolari, no mês de Agosto, no dia 11 do longínquo ano de 1953, assinala-se mais um aniversário do seu desaparecimento. Sobre ele, o mago da mecânica Ferdinand Porsche disse, um dia, que era "o maior piloto do passado, do presente e do futuro"!

Tazio Giorgio Nuvolari, conhecido por "Nivola" ou"Il Mantovano Volante", nasceu em Castel d´Ario, Mântua, a 16 Novembro de 1892. Conheceu os píncaros da glória, mas extinguiu-se, em isolamento, após um acidente vascular cerebral. Sofria havia anos com problemas pulmonares, mas atormentavam-no ainda mais as suas tragédias pessoais, sobretudo a morte dos seus dois filhos ainda jovens.

Das inúmeras vitórias do "Mantuano Voador" desde os seus primeiros tempos na competição, pilotando motos e mais tarde automóveis de diversas marcas — como a Chiribiri, Bianchi, Bugatti, Maserati, Alfa Romeo, Auto Union e Cisitalia — destacam-se alguns feitos particulares. Ao volante dos Alfa Romeo da Scuderia Ferrari onde ingressou em 1930, venceu as Mille Miglia, a Targa Florio, Le Mans e os principais Grandes Prémios europeus do seu tempo, incluindo a Taça Vanderbilt nos Estados Unidos da América em 1936.

Vários duelos marcaram a sua carreira desportiva — nem todos ao volante — com Giuseppe Campari, Achille Varzi e Hans Stuck, aquando da sua passagem pela equipa da Auto-Union, e o próprio Enzo Ferrari. Para que o seu regresso, fosse possível, à Scuderia Ferrari, foi necessária a intervenção do próprio ditador Benito Mussolini.

Enquanto piloto e ao volante das suas máquinas voadoras, das duas às quatro rodas, um dos despiques mais interessantes que viveu — já com contornos de autêntica lenda — foi precisamente com Varzi, nas Mille Miglia de 1930. Durante a noite, Nivola manteve por horas os faróis apagados, correndo em alta velocidade atrás deste, até ao momento da surpreendente ultrapassagem muito perto da meta, vencendo com a sua ousada estratégia. Varzi nunca mais esqueceria esta derrota. (cont.)

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