“Amor ao próximo” foi a justificação dada por Andreia Alves, finalista do curso de licenciatura de Enfermagem que discursou, esta tarde, em nome dos colegas na cerimónia de entrega de diplomas na Escola Superior de Enfermagem São José de Cluny. A jovem foi um dos 37 jovens que terminaram a licenciatura e que vão ingressar no mercado de trabalho. O seu objetivo é ficar na Região.

Uma pretensão que deverá ser atendida uma vez que, como afirmou o secretário regional de Saúde e Proteção Civil, será aberto concurso para a contratação de 200 novos enfermeiros, que pretende absorver estes novos profissionais formados na Madeira. A Região tem, aliás, demonstrado essa abertura ao abrir “os lugares necessários para que os serviços possam preencher as dotações adequadas”, disse.

Já Teresa Espírito Santo, responsável pela Ordem dos Enfermeiros na Madeira, salientou que a Região precisa de 400 novos profissionais para responder às necessidades do serviço público de saúde. A responsável disse ainda que já não saem tantos enfermeiros para o estrangeiro, “por oportunidades de trabalho fora, com outra experiência e valorização da carreira”.

Atualmente, é “um número reduzido” de profissionais de enfermagem a emigrar. “Este ano, já tivemos sete pedidos de emigração”, revelou. Teresa Espírito Santo sublinhou, por outro lado, o “momento de renovação” que a cerimónia de entrega dos diplomas representa para a classe, lembrando que há muitos enfermeiros a irem para a reforma.

Por seu turno, Cristina Pestana, presidente da Escola de Enfermagem destacou a importância da instituição para a formação de novos profissionais para o setor da saúde, considerando que a profissão está a ser mais reconhecida socialmente, mas “noutras dimensões, há ainda um longo caminho a fazer”, nomeadamente na valorização salarial.