O partido ADN Madeira expressou, hoje, em comunicado, a sua “profunda preocupação e desagrado” perante a recente decisão do Governo Regional de conceder tolerância de ponto aos funcionários públicos nos dias 1, 2 e 3 de agosto para acompanhar o Rali Vinho Madeira.
“Embora reconheçamos a importância do evento para a promoção turística e cultural da nossa região, não podemos deixar de destacar a injustiça flagrante que esta decisão representa para os trabalhadores do sector privado. O Rali Vinho Madeira é, sem dúvida, um evento de grande relevo no nosso calendário turístico, atraindo visitantes e promovendo a Madeira a nível internacional. O ADN Madeira apoia incondicionalmente a sua realização e entende a necessidade de incentivar a participação e o envolvimento da população local. No entanto, é inaceitável que apenas uma parte dos madeirenses, nomeadamente os funcionários do setor público, beneficie de condições especiais para assistir e participar deste evento emblemático”, critica o partido.
Para o ADN, a decisão do Governo Regional cria “uma divisão inaceitável entre os madeirenses, transformando os funcionários públicos em ‘madeirenses de primeira’ e relegando os trabalhadores do setor privado a um status de ‘madeirenses de segunda’. Esta discriminação é não só injusta, como também prejudicial para a coesão social e para o sentimento de pertença de todos os cidadãos madeirenses. Não se trata de um ataque aos funcionários públicos, cuja dedicação e trabalho valorizamos profundamente, mas sim de uma chamada de atenção ao Governo Regional para a necessidade de tratar todos os trabalhadores com equidade e justiça”. Deste modo, considera que a concessão de tolerância de ponto “deveria, idealmente, ser uma medida extensível a todos os trabalhadores, ou então uma política mais equitativa deveria ser estudada, que permita a todos os madeirenses, independentemente do seu sector de trabalho, usufruir das mesmas oportunidades de participação em eventos regionais importantes”.
O ADN Madeira apela ao Governo Regional para que “reconsidere a sua abordagem em relação a esta questão e desenvolva políticas que promovam a igualdade entre todos os trabalhadores madeirenses. Somente através de um tratamento justo e equitativo poderemos construir uma sociedade mais coesa e solidária, onde todos os madeirenses se sintam verdadeiramente valorizados e respeitados”.
“Continuaremos a lutar por uma Madeira onde não haja discriminação e onde todos possam ter as mesmas oportunidades de participar e contribuir para o sucesso da nossa região”, remata o partido.