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Albuquerque promete “transformação radical do Porto Santo em dez anos”

Alberto Pita

Jornalista

Data de publicação
30 Agosto 2024
19:17

O presidente do Governo Regional prometeu hoje, na abertura da Expo Porto Santo 2024, que a ilha dourada vai viver uma “transformação radical” nos próximos dez anos. As melhorias serão “em todas as vertentes”, segundo disse.

No campo dos investimentos estruturantes, nomeou a nova unidade de saúde, no valor de 12 milhões de euros, que vai dar um “grande contributo para a segurança e cuidados de saúde aos residentes e visitantes”, criando um “upgrade” para o turismo e para os “residentes de alto rendimento”. Acrescentou que a unidade de cuidados continuados será inserida junto à nova unidade de saúde.

Outro investimento será a ampliação do campo de golfe do Porto Santo. “Os céticos do costume diziam que o campo de golfe era megalómano, mas neste momento temos de fazer um aumento e vamos lançar um concurso para mais nove buracos, porque [o campo] está, neste momento, saturado de jogadores”, disse. A ampliação vai permitir somar aos já existentes mais de 100 jogadores.

Albuquerque acredita que este investimento vai permitir mais um operador na área do golfe na ilha, contribuindo para uma “queda acentuada da sazonalidade” turística.

Além destes dois “investimentos estruturantes”, o presidente do Governo Regional abordou a ampliação do lar de terceira idade, entre outros investimentos, o que o faz estar “muito otimista relativamente ao futuro do Porto Santo”.

Mas nem tudo são rosas e Albuquerque sinalizou as dificuldades no processo da Binter na ligação inter-ilhas. Considerou o dossiê “um problema tipicamente português”, porque “as leis estão feitas para empalhar e para ficar tudo em águas de bacalhau”.

E depois concretizou: “Nós estamos há dois ou três anos. Foi aberto o concurso para a Binter. Continuam com recursos e tramitações burocráticas. E isto tem sido uma pouca-vergonha o que se tem passado”, avaliou, “mas é o país que temos”.

“Os porto-santenses e o turismo do Porto Santo são prejudicados. Temos uma empresa que ganhou o concurso. Neste momento, acho que já foi adjudicado. Mas tudo demora uma eternidade, porque é fundamental, neste momento, que a Binter continue a trabalhar para o Porto Santo, e tem trabalhado muito bem”.

“Se a ideia era meterem um avião aqui, como aconteceu, com meia dúzia de lugares, onde não cabia um saco de golfe, isso não nos interessa para nada. Mas nós sabemos como é que são as coisas e o que é que estava por detrás disto”, afirmou.

Albuquerque prometeu ainda “uma remodelação total da Marina do Porto Santo”, porque quer torná-la “uma das mais atrativas do País”. “Vamos fazer um concurso público para a concessão da marina, como aconteceu na Calheta, que tem funcionado muito bem. A Marina do Porto Santo está subaproveitada” hoje, disse.

No campo do turismo, diz que há um investimento avançado de uma nova unidade hoteleira, mas também há perspetivas para novos investimentos.

Perante esta realidade, “a minha preocupação com este crescimento económico e a atratividade que [a ilha] vai ter é defender os interesses dos residentes”, afirmou, mudando o assunto para o setor da habitação. Aqui, referiu que serão construídas habitações a custos acessíveis.

Já ao nível da Região, Miguel Albuquerque destacou que o seu governo continuará o desagravamento fiscal no IRS, IVA e IRC.

“Vamos continuar a prosseguir a redução fiscal no IRS, no IVA e no IRC”, referiu, sem, contudo, concretizar de que maneira.

Depois, voltou a fazer uma leitura positiva dos dados macroeconómicos regionais para este ano, num cenário de “contas públicas em ordem”, o que dá “uma grande folga ao orçamento e à governação”.

“Temos um rácio de dívida pública [em comparação com o PIB] muito inferior à média nacional e muito inferior, neste momento, à média europeia”, assinalou, referindo que “este processo de amortização de dívida” é para continuar, “para libertar as finanças públicas, o Governo e os contribuintes”.

Reiterou que o PIB regional deverá aproximar-se dos sete mil milhões de euros no final de 2024, tornando-se o “mais alto de sempre” e bem acima dos “4,06 mil milhões de euros registados em 2015”. Sobre o desemprego, disse que continuará “muito residual, muito baixo”.

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