Já é conhecida a moção de censura ao Governo Regional, apresentada esta manhã pelo grupo parlamentar do Chega na Madeira.
O documento, a que o JM teve acesso, apresenta um argumentário exposto ao longo de quatro páginas.
Nesse texto estão profundas críticas à governação madeirense.
A moção de censura assinada por Miguel Castro começa por apontar a quebra de confiança no Governo Regional, recorda os dois processos judiciais que marcaram a agenda política este ano e acrescenta “mais uma investigação”, que envolve agora também o secretário regional de Economia, Turismo e Cultura.
Castro denuncia ainda “uma teia organizada” durante décadas, critica a proximidade ao mundo empresarial e fala de um conluio “com várias figuras do poder central e autárquico da Região”.
O partido desvaloriza eventuais “lapsos éticos ou descuidos administrativos” e aponta a existência de “uma cultura política marcada pela promiscuidade”.
Garante também que já foi afetada a imagem pública da Madeira e dos madeirenses e recorda particularmente o facto de o presidente do Governo, quatro secretários regionais e o secretário-geral do PSD estarem a contas com a justiça.
No rol de críticas está também a falta de renovação de quadros e práticas no PSD-Madeira, mas também a falta de alternância, o que merece critica particular ao PS-Madeira.
O Chega diz que faz a sua parte e reconhece que a apresentação da moção de censura constitui um momento difícil. “Porém, chegamos a um ponto em que a manutenção do atual estado de coisas se tornou politicamente insustentável”.
Conclui o partido de Miguel Castro que “os agentes políticos que integram este governo não reúnem quaisquer condições para continuar a gerir os destinos da Madeira, sendo a sua permanência no poder um atentado à Democracia e ao Interesse Comum”.